Uma empresa de etiquetas termocolantes para roupas de Maringá desenvolveu um produto voltado a deficientes visuais e daltônicos. Trata-se de uma linguagem própria para que o público possa identificar através do toque qual a cor da peça de roupa.
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A novidade chegou à Febratex 2022 após três anos de pesquisa. Nesse processo, a empresa contou com a parceria das universidades federais de Santa Catarina e do Paraná, explica o diretor da Jorik, Otávio Vinholi.
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A ideia é dar autonomia para um público que hoje no Brasil chega a 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual severa, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, conforme dados do IBGE de 2010.
Vinholo justifica que parte importante desse público não nasceu cego, e sim perdeu a visão ao longo da vida e enfrenta mais dificuldades com o Braile. Daí veio a ideia de informar as cores a partir de pequenos adesivos em alto-relevo nas peças.
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— A palavra vermelho, por exemplo, é muito grande em Braile, não tem como colocar em uma peça. Mas nós conseguimos fazer uma forma simples, que é baseado nos ponteiros do relógio. Então se você sabe que o ponteiro do relógio está apontado para o meio-dia e que meio-dia é vermelho, que cor é a peça? É vermelho. Simples demais — garante o empresário.
O objetivo agora é que as empresas adotem a ideia, para que seja difundida no Brasil. Morena Rosa, Nicoboco e Reserva são algumas das marcas apontadas por Vinholo como interessadas no sistema.
A expectativa dele é que dentro de dois meses já seja possível encontrar peças no mercado usando o sistema de identificação das cores, apontado por ele como uma forma barata de inclusão.
Assista vídeo sobre etiqueta para pessoas com deficiência visual
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