
O assunto “privacidade de dados” está em pauta constantemente em diversas discussões e, em paralelo à ele, a busca por soluções de atendimento e otimização de processos corporativos por meio da inteligência artificial também se tornou um objetivo concreto de implementação dentro das empresas de inúmeros segmentos do mercado.
Continua depois da publicidade
E o que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo. Isso porque preocupados em inserir a tecnologia em todos as oportunidades possíveis, chegamos ao momento em que nos confundimos entre o que é uma interação com um robô e quando estamos falando com um humano. Quando se torna comum interagir com máquinas como a Alexa da Amazon, por exemplo, acabamos por criar expectativas humanas e com vínculos emocionais perante a estas ferramentas. Ao passo em que a inteligência artificial se desenvolve e aprimora sua capacidade de compreensão e interação com as pessoas, também desenvolvemos uma confiança genuína em seu uso.
> O lado obscuro da Inteligência Artificial
O equilíbrio entre dados e seus respectivos resultados é essencial para projetar uma inteligência artificial de excelência e, esta preocupação, deve ser nativa de todos os profissionais e especialistas que se envolvem em projetos como este. Quando criamos uma conexão entre a ética, a moral e as questões relacionadas à tecnologia, é fundamental que não sejamos negligentes ao reconhecer que soluções como a inteligência artificial não são 100% independentes, uma vez que é por meio de uma programação humana que ela é inserida em questões sociais, dos campos da robotização, big data, deep learning, entre outros conceitos correlatos.
Continua depois da publicidade
Da banalização da privacidade ao agravamento do preconceito, organizações que são modelo a ser seguido neste setor, já propõe um direcionamento ético para este avanço tecnológico que estamos lidando. A Universidade de Stanford nos Estados Unidos, por exemplo, inaugurou um centro de pesquisa multidisciplinar que tem como objetivo reunir pessoas responsáveis pela construção e alteração de políticas públicas, além de pesquisadores e estudantes responsáveis pela elaboração destas tecnologias agora e no futuro para discutir assuntos pertinentes ao que é considerado uma conduta correta para iniciativas de inteligência artificial.
> Covid-19: como I.A. esta ajudando no mundo a respeito
Já uma declaração publicada por órgãos públicos e privados do Canadá, baseiam a construção de soluções com inteligência artificial em 10 princípios básicos. São eles:
1) Bem-estar;
2) Respeito à autonomia;
3) Proteção da privacidade;
4) Solidariedade;
5) Participação democrática;
6) Igualdade;
7) Inclusão e diversidade;
8) Responsabilidade;
9) Prudência e
10) Desenvolvimento sustentável.
Além das preocupações levantadas pela linha de frente no desenvolvimento, o assunto também já é pauta na visão do consumidor. Em uma pesquisa divulgada pela Capgemini, uma das empresas líderes em serviços de consultoria, tecnologia e terceirização
com unidade em diversos países, incluindo o Brasil, 62% dos entrevistados confiam mais em uma I.A. quando suas interações são percebidas como éticas, e mais de 70% aguardam regulação sobre o uso da tecnologia.
Continua depois da publicidade
Mesmo estes estudos tendo sido aplicados no mercado internacional, ao Brasil é essencial que apliquemos as mesmas boas práticas. Esta é a hora de empresas desenvolvedoras desta tecnologia e organizações comerciais que façam o uso dela se adequarem aos princípios fundamentais de responsabilidade social para que possamos nos beneficiar da inteligência artificial de maneira positiva para todos.