Enquanto a elite do surfe mundial está em Portugal com Gabriel Medina tentando o inédito título para o Brasil, outros 170 surfistas estão em Florianópolis, para tentar se garantir entre os melhores do mundo em 2014. A partir de hoje, as ondas da Joaquina irão receber atletas de 23 países diferentes nas etapas seis estrelas masculina e cinco estrelas feminina do ASP Qualification Series (antigo WQS) – que define o as vagas para o ASP World Championship Tour (WCT) de 2015.

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Neste sábado, às 7h30min, o diretor de prova, um juiz e representantes dos surfistas irão se reunir para definir se as condições das ondas são favoráveis ao início das baterias. Ontem, a chega do vento Sul atrapalhou, mas não impediu que os atletas aproveitassem para treinar.

O retorno de uma etapa do circuito mundial à Joaquina, um ano depois da edição do Mundial Pro-Junior, representa a volta de Santa Catarina e de Florianópolis ao calendário mundial do surfe e mexe com a memória dos apaixonados pelo esporte. A praia já recebeu etapas do Mundial na década de 1980 e entre 1992, quando foi implantada a segunda divisão do surfe (WQS), e 2012 a Joaca teve 11 etapas da competição do evento qualificatório. Mas desde 2003, quando recebeu outra etapa do WCT, deixou o uma década de saudades dos grandes eventos.

– A Joaquina sempre teve um grande apelo ao surfe. Mas essa cultura do esporte é forte em todo o estado de Santa Catarina e isso colabora para eventos desse porte retornarem – avalia Roberto Perdigão, diretor da ASP South America.

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Desde quinta-feira a Joaquina começou a incorporar o clima da competição. Surfistas estrangeiros e brasileiros lotaram os hotéis da região. Manhã cedo e fim de tarde, as ondas, mesmo que as sem boas condições, recebem os atletas para treinarem. Na rua, inglês e português se misturam. Nas dunas, a estrutura do evento se impõe. Mas a presença de atletas de ponta mexe também com o futuro do surfe local

– Os meninos que correm o amador podem estar aqui, ver e sonhar em dia competir nesse nível. Proporciona esse contato e aprendizado no quinta de casa – avalia Fred Leite, presidente da Federação Catarinense de Surfe (Fecasurf).