O mundo caipira e dos sotaques carregados está de volta ao horário das 18h. Êta Mundo Bom estreou nesta segunda-feira, na RBS TV, com a responsabilidade de manter o sucesso alcançado pelas novelas anteriores, Além do Tempo e Sete Vidas. E conseguiu. A trama de Walcyr Carrasco deu mostras de que pode ser uma boa obra e garantir entretenimento leve e bem-humorado ao público.

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Êta Mundo Bom começa com romance, beijo e uma triste separação

Carrasco volta ao horário depois de 10 anos e após ter escrito dois folhetins bem-sucedidos no horário nobre — Verdades Secretas (2015) e Amor à Vida (2013). E traz alguns elementos já conhecidos de seu trabalho nessa faixa: caipiras, bichos, sotaques, um pouco de histeria e muita sujeira (com comida voando e gente caindo no chiqueiro). Tudo isso já esteve no capítulo inicial.

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Para abrir sua nova trama, Carrasco apresentou bem a história de Candinho (Sergio Guizé), um jovem que foi tirado da mãe pelo avô logo ao nascer, jogado em um rio e adotado por uma família de caipiras. Porém, quando o casal Cunegundes (Elizabeth Savalla) e Quinzinho (Ary Fontoura) tem seus próprios filhos, Candinho é deixado de lado e passa a ser tratado como um serviçal. Para piorar, ele se apaixona por Filomena (Débora Nascimento), a filha mais velha dos dois, e é expulso do sítio quando a matriarca vê os jovens trocando um beijo.

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Logo nas primeiras cenas ficou a impressão de estarmos revivendo momentos de outras ótimas novelas do autor, como Chocolate com Pimenta (2003) e O Cravo e a Rosa (2000), com muitas cenas ágeis, leves e com humor. A estética também está muito boa, ponto para a direção de Jorge Fernando. E a ideia de mesclar imagens de reais de época, com imagens envelhecidas dos atores deu um toque nostálgico. A trilha sonora caipira também é um atrativo.

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No elenco, três grandes destaques: Elizabeth Savalla, como sempre, em uma atuação muito boa e carregando no sotaque e nos trejeitos; Sergio Guizé, que convenceu com o ingênuo caipira; e Marco Nanini, que volta às novelas como Pancrácio.

A estreia de Êta Mundo Bom, que também marca a estreia da escritora gaúcha Claudia Tajes em novelas, também foi bem em audiência: marcou 26 pontos em São Paulo, sendo a melhor estreia para o horário das 18h desde 2010.

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