Homens calvos podem ter um risco maior de desenvolver doença coronariana, mas só se a perda de cabelos ocorrer no topo da cabeça, revelou um estudo divulgado nesta quarta-feira.
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Os calvos na parte da frente da cabeça não parecem ter um risco significativo de desenvolver a doença obstrutiva arterial, que pode causar ataques cardíacos, acrescentou a pesquisa, publicada na edição online do periódico BMJ Open.
Cientistas do Departamento de Diabetes e Doenças Metabólicas da Universidade de Tóquio analisaram seis estudos sobre a calvície de padrão masculino e doenças cardíacas coronarianas, realizados entre 1993 e 2008 com cerca de 40 mil participantes de Estados Unidos e Europa.
Os estudos demonstraram que os homens com maior perda de cabelo corriam um risco mais de um terço maior de desenvolver doença arterial coronariana do que aqueles com cabelo.
A severidade da calvície influenciou o grau deste risco, mas só se a perda de cabelo fosse no topo da cabeça, ou vértice.
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– Estas descobertas sugerem que a calvície no vértice é mais estreitamente associada com a aterosclerose sistêmica (doença cardíaca coronariana) do que a calvície frontal – destacou o estudo.
– Sendo assim, os fatores de risco cardiovascular deveriam ser revistos cuidadosamente em homens com calvície no vértice, especialmente os mais jovens, e provavelmente eles deveriam ser encorajados a refinar seu perfil de risco cardiovascular – acrescentou.
Os autores do estudo também alertaram para a necessidade de se fazer mais estudos para confirmar as descobertas.
As razões para a associação não estão claras, mas os autores apontaram para vínculos anteriores entre a calvície e a resistência a insulina, diabetes, inflamação crônica ou sensibilidade à testosterona, todas situações que podem levar a doença cardiovascular.
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Segundo a pesquisa, de 30% a 40% dos homens adultos sofrem de calvície de padrão masculino e o problema acomete até 80% dos homens aos 80 anos.