Bem orientada, a atividade física reduz riscos de complicações como diabetes e eclampsia, além de ajudar a manter a forma antes e depois do parto. Os benefícios, contudo, não se restringem às mulheres. Segundo um estudo apresentado no Congresso de Neurociências de San Diego, o cérebro de recém-nascidos cujas mães se exercitaram na gravidez se desenvolve mais intensamente, o que se traduz em habilidades cognitivas afiadas durante toda a vida.
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Porém, não é preciso – nem se deve – pegar pesado nos exercícios. A pesquisa indicou que bastam 20 minutos de atividade moderada três vezes por semana para estimular a atividade cerebral dos bebês.
– Já é consenso que um estilo de vida ativo é benéfico para a cognição de crianças, adultos e idosos. Mas essa é a primeira vez que verificamos que os exercícios físicos da gestante também têm um impacto para os recém-nascidos – observa o neurologista Dave Ellemberg, especialista em neurodesenvolvimento e principal autor do estudo.
Em Caxias do Sul, a profissional de comércio exterior Valeska Sottili Giacomin, 33 anos, não deixou de frequentar a academia por causa da gestação de Helena, a primeira filha. Como ela já praticava musculação havia cinco anos, o médico liberou que continuasse. A futura mamãe está de oito meses e frequentou as aulas até o mês passado.
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– Meu médico achou melhor que eu parasse, até porque tinha me exercitado durante sete meses da gravidez. Mas já estou sentindo falta, não tenho mais fôlego – compara ela.
A educadora física Diane Stefan, da academia caxiense Biocenter, explica a importância do acompanhamento da mamãe por um profissional, que criará um treino adequado a ela.
– Os exercícios devem ser de baixo impacto e bem orientados por um profissional. Também solicitamos a liberação do médico de cada gestante – avalia a instrutora.