Uma simulação que mostra como as placas tectônicas se movimentaram até a formação dos continentes no momento presente foi divulgada como resultado de um novo estudo internacional. A pesquisa fez uma reconstrução da história geológica da Terra em um período de 1,8 bilhão de anos.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

A transformação da superfície do planeta ao longo desse período foi resumida em um vídeo de somente dois minutos de duração. A pesquisa que levou a essas simulações foi publicada na revista Geoscience Frontiers, e combina dados de modelos antigos com novas informações geofísicas.

Com isso, o estudo consegue gerar imagens detalhadas que mostram as mudanças tectônicas que aconteceram no planeta, como o surgimento e desaparecimento de supercontinentes. Entre eles estão o Nuna, Rodínia e Pangeia.

As placas tectônicas se mexem por conta de correntes internas do manto e do peso gravitacional, em uma velocidade equivalente a do crescimento das unhas humanas.

Continua depois da publicidade

Os movimentos desses grandes blocos da crosta terrestre sobre uma camada interna, mais maleável, são o responsável pela formação dos continentes e dos oceanos na Terra.

Três supercontinentes

No período que compreendeu o estudo, a Terra viu o surgimento e a fragmentação de três supercontinentes: Nuna, há cerca de 2,1 bilhões de anos; Rodínia, que há 900 milhões de anos atrás se desfez; e Pangeia, o mais recente e conhecido, que começou a se desintegrar há aproximadamente 200 milhões de anos.

Para conseguir reconstituir a evolução das placas tectônicas, foram analisados os vestígios de campos magnéticos preservados em rochas ricas em ferro. Além disso, a datação radiométrica de rochas ígneas e metamórficas puderam auxiliar a determinar a posição em que os continentes estavam.

Veja evolução dos continentes com movimento de placas tectônicas

Outros dados como erupções vulcânicas e a formação de cadeias montanhosas puderam auxiliar a mapear os movimentos das placas tectônicas, assim como reconstruir eventos geológicos.

Continua depois da publicidade

Essa movimentação não somente definiu a geografia do planeta, mas teve um papel importante na evolução e nas mudanças climáticas, já que a criação de barreiras geográficas, por exemplo, influenciavam na forma como espécies evoluíam.

Assim, plantas e animais que até então estavam próximos ficavam isolados. Ainda, o nível dos oceanos e as correntes marítimas eram alterados, com impactos no clima e na formação de bacias sedimentares. Dessa maneira, as movimentações influenciaram no acúmulo de recursos naturais como petróleo, gás e minerais raros.

Além disso, a movimentação das placas tectônicas tem grande relação com eventos geológicos como erupção de vulcões e terremotos, já que esses ocorrem em locais em que há a junção de placas tectônicas, com o atrito entre elas (terremoto), ou escapamento de magma (vulcão).

*Com informações de O Globo

Leia também

Quem são os 41 cientistas da UFSC que estão entre os mais influentes do mundo

O que moradores de SC pensam sobre a possível volta do horário de verão