Em busca de um mapeamento em escala nacional sobre a saúde intestinal da mulher brasileira, o Estudo SIM Brasil – Saúde Intestinal da Mulher foi realizado com cerca de 3,5 mil mulheres em 10 cidades do país para dimensionar os impactos da condição intestinal na qualidade de vida das mulheres.

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Com iniciativa e coordenação da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), em parceria com o Danone Research, o Estudo SIM Brasil faz um detalhamento da saúde intestinal da mulher apontando novas perspectivas quanto ao relevante impacto dos problemas intestinais no dia a dia das brasileiras. Além disso, aborda a complexa relação entre os problemas gastrointestinais e os aspectos emocionais e comportamentais.

– Como órgão fundamental para manter o equilíbrio do organismo, o intestino vem sendo considerado o “segundo cérebro”, tamanha a sua relevância para a nossa saúde – comenta o presidente da FBG, José Galvão-Alves.

É no intestino que se origina a maior concentração de serotonina do organismo – cerca de 80% – o que revela sua relação direta com a sensação de bem-estar. Além disso, possui cerca de 100 milhões de neurônios diretamente conectados com o cérebro e 70% das células de defesa do corpo.

Principais problemas

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Os primeiros resultados do SIM Brasil mostram que os problemas gastrointestinais mais comuns são: inchaço, sensação de peso, gases e prisão de ventre, e que impactam todas as classes sociais e regiões do país, sem distinção. Além disso, as participantes da pesquisa consideram o problema angustiante, o que culmina em constrangimento extremo nos níveis pessoal e social. Ainda, de acordo com as declarações, 72% dos problemas intestinais costumam prevalecer durante semana, principalmente por conta da dificuldade no uso do banheiro fora de casa.

O problema também afeta negativamente a vida sexual de 57% das mulheres, tem impacto no humor para 69% delas e 50% alegam problemas como cansaço e perda de concentração. Da amostra geral, as três queixas principais são: gases, constipação intestinal e inchaço.

– Um dos principais dados deste estudo mostra que duas em cada três mulheres brasileiras declaram sofrer de algum tipo de problema intestinal. Ainda, fomos surpreendidos pelo impacto desses problemas na qualidade de vida das mulheres. Esses fatos nos dão a dimensão e a importância da realização deste trabalho – comenta Guilherme Rodrigues, do Danone Research.

Estima-se que a incidência de constipação intestinal é quatro vezes maior nas mulheres do que nos homens, o que está diretamente relacionado a questões alimentares e de saúde, e também sociais e culturais.

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Uma pesquisa recente, realizada pela TNS Research Market, instituição especializada em levantamento de dados de consumidores, mostrou que 75% das mulheres não mencionam problemas intestinais nas consultas, ainda que sofram de algum desconforto crônico.