Imagine morar no Continente de Florianópolis, deixar o carro em um estacionamento no bairro Estreito e ir com um veículo elétrico, sem condutor, até o Centro de Florianópolis pelas passarelas das Pontes Pedro Ivo Campo e Colombo Salles em cinco minutos. Esse é um dos meios de transporte público que uma das concorrentes no procedimento de manifestação de interesse (PMI), realizado pelo governo do Estado, apresentou para resolver os problemas de mobilidade entre Ilha e Continente.

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O estudo, conferido nesta sexta-feira pelos membros do Comitê de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis, prevê a utilização do Pod-Sit (Sistema Inteligente de Transporte) com bolsões de estacionamento em locais estratégicos, como Via Expressa Sul, bairros Trindade, Estreito, Coqueiros e Saco Grande. O vice-presidente da Quark e representante do Consórcio Floripa em Movimento, Halan Moreira, explica que o motorista pagaria para estacionar, no valor de mercado do Centro de Florianópolis, e seguiria para seu destino com o veículo elétrico sem custo adicional.

Moreira afirma que esse tipo de transporte é 70% menos poluentes em relação aos transportes tradicionais por utilizar energia solar e está sendo utilizado na Inglaterra. Cada veículo é capaz de levar seis passageiros.

O projeto do consórcio também é direcionado para a intermodalidade, com a inclusão de transporte marítimo e monotrilho. Pela proposta, os barcos entrariam no mar para ligar Palhoça e Biguaçu a Florianópolis na primeira fase do projeto, possível de ser executada em 18 meses. Em uma segunda etapa, seria criado um sistema de monotrilhos ligando bairros de São José, ao Estreito. Os três sistemas seriam integrados a bicicletários, terminais de ônibus e táxis.

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– Rede de transporte é fundamental, Nenhum modelo único resolve o problema de mobilidade de uma cidade – afirma Moreira.

Também concorre o consórcio CCR/Essen, que deve demonstrar sua proposta ao comitê em outro encontro. A proposta prevê transporte marítimo integrado a um sistema de teleférico. O custo estimado é de R$ 34,65 milhões. A PMI é uma espécie de concurso em que as empresas privadas arcam com projetos e apresentam ao poder público. O governo começou o processo no ano passado, com 12 interessados e sobraram essas duas habilitadas. Uma delas será selecionada em julho. Até o final do ano será feita a licitação para a obra. A vencedora do certame paga o projeto para a idealizadora.