Problemas que são velhos conhecidos dos catarinenses voltaram a ser mostrados em um estudo do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC, em inglês), apresentado oficialmente nesta quinta-feira, no Teatro Pedro Ivo Campos, em Florianópolis.
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O relatório mostra que o turismo no Estado pode ser mais bem explorado e sugere mais investimentos na área de planejamento. O secretário de Turismo, Cultura e Esportes, Gilmar Knaesel, concorda que há diversas deficiências no setor, como o problema do saneamento e da acessibilidade à Capital.
– Existem problemas conhecidos de todos nós. Sofremos no que diz respeito às malhas área, viária e marítima e temos congestionamentos em vários pontos da cidade. Com a melhora das estradas e do saneamento básico, por exemplo, não serão apenas os turistas que ganharão com isso, mas também os catarinenses – diz o secretário.
Ele afirma ainda que o relatório, de 65 páginas, veio num momento importante, pois pode influenciar a Assembleia Legislativa, que está discutindo o orçamento 2010. Knaesel também diz que Santa Catarina está muito focada no “sol e na praia” e que é importante pensar em outro tipo de turismo que não o de verão. Um exemplo de área pouco explorada é o ecoturismo.
Para o presidente do WTTC, Jean-Claude Baumgarten, que veio a Florianópolis para a divulgação do relatório, a pesquisa é importante para o desenvolvimento econômico das cidades.
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– Não fazemos estudos por fazer. Vai ajudar governos e a mídia a entender o que viagem e turismo é, e ajuda nossos membros a entender o que Santa Catarina é – diz.
À frente do Brasil
Mas nem só de pontos negativos é composta a pesquisa. Santa Catarina recebe elogios sobre o posicionamento no Produto Interno Bruto (PIB) gerado pelo turismo, no qual aparece à frente do Brasil como um todo, em 2009. O PIB atingiu R$ 15 bilhões no Estado (12,5% do PIB estadual), cerca de 60% a mais do que o do país no mesmo setor.
No caso da geração de riqueza, repartida entre a população, o Estado está na confortável posição de 54 na classificação, entre os países das Américas, à frente de Cuba, Argentina, Venezuela e Chile, entre outros, e do próprio Brasil, que, nesta classificação, aparece em 141°. Santa Catarina foi considerada como um país em muitas das análises do WTTC.