A Associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú (ACBC) lançou nesta semana um estudo sobre a malha cicloviária nas duas cidades. O levantamento revela que Balneário tem apenas 13,83 centímetros de ciclovias ou ciclofaixas por habitante, enquanto em Camboriú o número é de 3,8 centímetros por habitante.

Continua depois da publicidade

Balneário tem ao todo 14,9 quilômetros de vias ciclísticas e Camboriú apenas 2,4 quilômetros, segundo a associação. O cálculo foi baseado na divisão entre a extensão total de ciclovias e o número de habitantes dos municípios, de acordo com o censo 2010 (Balneário com 108.089 habitantes e Camboriú com 62.289 habitantes).

Para o membro da ACBC e um dos idealizadores da pesquisa, André Soares, o número é pouco. Segundo ele, em algumas cidades da Europa esta razão de extensão de via ciclística por habitante chega a um metro. Presidente da ACBC, Carlos Beppler, destaca ainda que a maior parte das ciclovias existentes hoje não são interligadas.

– A mobilidade urbana é um departamento importante. O transporte coletivo e sustentável deve ser prioridade e não os carros – diz.

O secretário de Planejamento Urbano de Camboriú, Rodrigo Morimoto, contesta o dado da associação. Segundo ele, a cidade possui aproximadamente 4 quilômetros de malha cicloviária, sendo 2,5 quilômetros somente na Avenida Santa Catarina. Ele explica que a avenida já tinha ciclofaixas de um lado e foi feita outra do lado oposto.

Continua depois da publicidade

Segundo Morimoto, existe um projeto no Ministério das Cidades para a duplicação da avenida. A verba prevista para a obra, que inclui construção de uma ciclovia no local, é de R$ 6 milhões. O município pretende também ampliar o plano de mobilidade urbana para demais vias de Camboriú.

Balneário Camboriú vai ganhar até o início do ano que vem mais 6,8 quilômetros de ciclovias com o término das obras na Avenida Atlântica. O secretário de Planejamento Urbano, André Ritzmann, adianta que o município pensa em maneiras de interligar essas vias.

– A Avenida Martin Luter também terá ciclovia no trecho até a Osvaldo Reis e a Avenida do Estado também, na parte onde ainda não tem ciclofaixa. Vamos estudar a instalação de ciclovias também em alguma transversal para facilitar a vida do ciclista e incentivar que eles usem bicicleta para ir para o serviço e fazer compras – afirma.