Um estudo de pesquisadores de Santa Catarina foi reconhecido por uma entidade científica do Reino Unido ao propor uma solução inovadora para o controle de pragas em arroz guardado em silos. O trabalho sugere o uso de óleo de arroz como isca em armadilhas para capturar os gorgulhos, insetos que atacam os grãos e podem comprometer até 10% do material estocado.
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A pesquisa foi apresentada no 29º Encontro da Sociedade Brasileira de Química da Região Sul, quando foi selecionada e laureada com destaque pela Royal Society of Chemistry, entidade britânica que promove a ciência química ao apoiar a publicação de revistas e livros científicos da área.
O trabalho assinado pelos pesquisadores Andrey Martinez Rebelo e Marcelo Mendes Haro, da Epagri, e de Lizandra Maria Zimmermann, da Universidade Regional de Blumenau (Furb), inova ao apresentar um produto inócuo para o controle de praga, ou seja, que não causa maiores efeitos colaterais nocivos.
O estudo mostra que o controle dos gorgulhos é feito atualmente com produtos sem previsão de uso contínuo ou irracional. Eles podem, portanto, intoxicar trabalhadores, contaminar fontes hídricas e alimentos, eliminar inimigos naturais e favorecer a seleção de insetos resistentes, segundo a Epagri. Esses riscos não aparecem na solução dos pesquisadores, já que o óleo de arroz não é poluente.
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A avaliação do trio que conduziu a pesquisa é de que as armadilhas com óleo de arroz também possam ser eficientes no combate ao ataque de gorgulhos em outros grãos, como milho e feijão.
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