Um estudo recém-publicado por quatro pesquisadores de Santa Catarina abre caminho para que a ocorrência de maré vermelha seja prevista com maior precisão. O fenômeno faz estragos ao atingir o Litoral catarinense, que domina 90% da produção nacional de moluscos cultivados, justamente por impedir o consumo e a coleta desses animais, devido às toxinas liberadas por algas nocivas.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de SC por WhatsApp

A pesquisa foi conduzida por especialistas da Epagri e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), que, como novidade, propuseram o uso de dados meteorológicos para tentar prever a maré vermelha.

“As descobertas também trazem à tona a importância dos parâmetros meteorológicos para futuros esforços de modelagem preditiva em Santa Catarina. Variáveis ​​meteorológicas, como direção e velocidade do vento, pressão atmosférica, radiação solar e temperatura do ar, se destacaram como parâmetros-chave de entrada para tais modelos”, apontam os pesquisadores Luiz Fernando Vianna, Robson Ventura dos Santos, Mathias Alberto Shramm e Thiago Alves na conclusão do estudo.

Atualmente, a previsão de ocorrência de maré vermelha em Santa Catarina é feita com uso apenas de estimativas de clorofila por satélites, técnica repetida no mundo todo. No Estado, no entanto, o método se mostrou pouco preciso, ainda conforme identificaram os especialistas catarinenses.

Continua depois da publicidade

O estudo foi publicado como um artigo em inglês na revista científica Science of The Total Environment (Ciência do Meio Ambiente Total, em tradução livre). Ele tem livre acesso até 25 de maio.

Leia mais

Zebra nasce no zoológico de SC após gestação considerada rara no Brasil; veja fotos

Quem são os catarinenses no “Conselhão” de Lula