A carga viral de variantes do novo coronavírus está sendo monitorada por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em amostras de esgoto de mais de 10 cidades do Estado. A intenção da pesquisa é perceber se ocorre um aumento na concentração de vírus em determinadas regiões. Os dados coletados são encaminhados para a vigilância epidemiológica de cada cidade, segundo informações do g1/SC.
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O trabalho é feito com amostras recolhidas em Florianópolis, Joinville, Itajaí, Campos Novos, Capinzal, Chapecó, Concórdia, Curitibanos, Herval D’Oeste, Joaçaba, São Miguel do Oeste e Videira. A coleta é realizada mensalmente.
O Laboratório de Virologia Aplicada (LVA) da UFSC, responsável pela pesquisa, realiza o monitoramento em amostras de esgoto desde 1993. Mas, com o surgimento do SARS-CoV-2 em 2019, novos vírus excretados em fezes humanas e de animais passaram a ser investigados.
De acordo com Gislaine Fongaro, coordenadora da pesquisa do LVA, os dados sobre quais variantes estão mais presentes em cada região serão apontados após o processamento de informações que ainda estão sendo processadas. Por meio do monitoramento é possível, por exemplo, observar quando ocorre uma diminuição de carga viral, o que “indica quando tem mais ou menos pessoas contaminadas com referido vírus”, de acordo com a coordenadora, em entrevista ao g1.
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De acordo com Gislaine, a pesquisa também teve resultados voltados para a Covid-19.
— No caso de SARS-CoV-2, vimos e comprovamos que circulava ao menos desde final de 2019 (foi o mais antigo que conseguimos rastrear). Mapeamos áreas com maior circulação viral em período de veraneio em Santa Catarina — explicou.
Em 15 de julho deste ano, a pesquisa foi publicada na revista científica internacional, Science of The Total Environment.
Nas amostras os pesquisadores também analisam bactérias, adenovírus humano, enterovírus, rotavírus, entre outros.
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