O uso de cães em pesquisas científicas já provocou polêmicas no Rio Grande do Sul. Um dos casos mais ruidosos envolveu a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em maio de 2012, quando um doutorando da pós-graduação de Medicina Veterinária fez experimentos com placas de titânio para a recomposição de mandíbulas e maxilares de animais que, devido a um câncer na boca, tenham passado por cirurgia de remoção parcial ou total da mandíbula.

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Houve denúncias de maus-tratos – em imagens enviadas ao jornal Diário de Santa Maria, cães apareciam em ambiente sem condições de higiene, magros e trancados em gaiolas. O doutorando e o orientador do projeto, porém, negaram haver más condições. À época, a coordenação da pós-graduação em Medicina Veterinária, a direção do Hospital Veterinário e a reitoria da UFSM afirmaram desconhecer o experimento.

O caso provocou comoção e a abertura de um inquérito pelo Ministério Público Federal (MPF). O escritório regional de Santa Maria do Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também se mobilizou para questionar as condições da pesquisa.