Estudo aponta que região Norte catarinense precisa de 700 profissionais de TI

Quem trabalha ou forma jovens para o mercado da tecnologia da informação observa um

descompasso no setor. Na região Norte do Estado, as empresas buscam novas tecnologias de gestão e atualização de sistemas, mas faltam profissionais.

Uma pesquisa conduzida pela Fundação Softville e pelo Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Informática de Joinville (Sepij) identificou um déficit de quase 700 profissionais em Joinville, com base em consulta que acaba de ser concluída com pequenas, médias e grandes empresas e que serve de base para oferecer cursos gratuitos de formação de mão de obra.

E o problema não se restringe à região. Somente no campo de redes e conectividade, a demanda excederá em 32% a oferta de trabalhadores no Brasil em 2015, segundo estudo da consultoria IDC. A oferta não consegue acompanhar, em número e em especialização, o ritmo das empresas.

O presidente da Softville e diretor do Sepij, Dionei Domingos, identifica três fatores que explicam o bom momento do mercado: a força econômica da região, o

fato de as grandes companhias estarem trocando seus sistemas integrados de gestão

empresarial por soluções mais modernas e o fortalecimento das pequenas empresas de TI que oferecem produtos especializados.

– A indústria de software atende a várias áreas que cinco ou seis anos atrás não havia -, diz.

Por trás da procura por novas soluções está a competitividade.

– Hoje, não dá para pensar em uma pequena indústria e até empresa de serviço sem um sistema de gestão informatizado -, afirma.

E são as pequenas e médias empresas as principais responsáveis pela demanda dos produtos de TI. Quem percebeu este movimento não se arrependeu.

É o caso da ContaAzul, com sede em Joinville, especializada em soluções de gestão

online para micro e pequenos negócios. Fundada em 2011, foi a primeira startup brasileira selecionada pela 500Startups, um dos principais programas de aceleração de negócios no Vale do Silício.

Após uma temporada nos Estados Unidos, onde lapidaram o produto e a gestão, os empreendedores voltaram cheios de gás para deslanchar a empresa. Motivação não falta.

Os funcionários trabalham em um ambiente descontraído, sem perder a determinação para alcançar a marca de 10 mil clientes até o final de 2013.