Provavelmente, existe um fungo vivendo em seu cérebro agora, e ele pode estar contribuindo para o desenvolvimento de sintomas como os da doença de Alzheimer ou outro tipo de demência, de acordo com novas pesquisas médicas. O fungo em questão é o Candida albicans, uma levedura comum que vive em todo corpo humano, especialmente na pele, boca e intestinos.
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Quando esse fungo cresce desproporcionalmente em relação às bactérias saudáveis do corpo, causa a infecção chamada candidíase. De acordo com a Clínica Cleveland, os casos mais comuns incluem candidíase vaginal, assaduras em bebês e sapinho.
Pesquisadores da Universidade Baylor em Waco, Texas, descobriram que não apenas o C. albicans pode entrar no cérebro, como também produz compostos tóxicos chamados peptídeos, frequentemente associados à doença de Alzheimer.
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— Nosso laboratório tem anos de experiência estudando fungos, e por isso embarcamos no estudo da conexão entre o C. albicans e a doença de Alzheimer — , disse o Dr. David B. Corry, professor de medicina no Baylor College of Medicine, em um comunicado de imprensa.
Como o fungo vai para o cérebro?
— Nossa primeira pergunta foi: como o C. albicans entra no cérebro? —, disse Yifan Wu, cientista pós-doutor na Baylor e primeiro autor do estudo, publicado na revista Cell Reports.
— Descobrimos que o C. albicans produz enzimas chamadas proteases aspárticas secretadas que rompem a barreira hematoencefálica, permitindo ao fungo acesso ao cérebro, onde causa danos —, acrescentou Wu.
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A ideia predominante no meio médico, é que esses peptídeos que são produzidos de forma natural pelo próprio cérebro, também são responsáveis por ativar células cerebrais que mantêm a quantidade de fungos em níveis baixos, porém, não eliminam completamente a possibilidade de infecção fúngica.
— Essas descobertas apoiam a realização de estudos adicionais para avaliar o papel do C. albicans no desenvolvimento da doença de Alzheimer, o que pode levar a estratégias terapêuticas inovadoras —, acrescentou Corry.
Entretanto, a relação entre o fungo causador da candidíase e o desenvolvimento do Alzheimer ainda não está totalmente comprovada e esta é apenas uma evidência. Em caso de sintomas, sempre procure um médico especialista.
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