A comunidade escolar do colégio Elza Pacheco, no bairro Vila Nova, protestou nesta quinta-feira contra a suspensão das atividades da unidade em frente à sede da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), na Rua Braz Wanka, também na Vila Nova. Nesta quinta à noite a assessoria de imprensa da SDR enviou comunicado afirmando que não há um posicionamento definitivo sobre a situação da escola. “A expectativa é unificar a unidade escolar à Escola de Educação Básica Victor Hering, que já atende os dois grupos de estudantes”, diz o texto.

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Segundo a assessora Julia Voigt, a intenção é integrar os alunos à escola que já cede o espaço físico e manter o uso do nome Elza Pacheco suspenso até que uma nova sede seja construída. O movimento também integraria os professores efetivos da unidade.

Quando a informação chegou à escola a comunidade foi pega de surpresa. A assessora de direção Paula Boaretto Pereira explica que alunos, pais e professores são contra a integração porque isso afetaria a qualidade do ensino oferecido nas duas unidades:

– Eles chegaram aqui com essa decisão para nos comunicar. A questão é que isso não resolve os nossos problemas. A nossa reivindicação há muito tempo é de mais salas para ofertar o ensino médio, porque para 2016 nós já não temos espaço para o primeiro ano. Mas essa unificação não resolve isso. Além disso, a metodologia de ensino e a estrutura funcional é diferente.

Diante da situação, os alunos resolveram protestar. O grêmio estudantil criou o movimento TodospelaElza, que está nas redes sociais da entidade e da escola, e também um abaixo-assinado online para garantir a manutenção da escola. O colégio Elza Pacheco, que oferece os três anos do ensino médio, divide o espaço com o Colégio Victor Hering, que tem aulas do ensino fundamental. A escola que corre o risco de fechar tem ainda uma turma que recebe aulas nas dependências do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja).

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Na nota emitida nesta quinta-feira a SDR afirma que antes de qualquer definição, a Secretaria de Educação, por meio da Gerencia Regional de Educação, está conversando com os grupos afetados pela possível mudança, como Associações de Pais, professores e Grêmio Estudantil. Sobre a construção da sede, a assessoria da SDR diz que não há previsão: Sobre a construção da sede do Colégio Elza Pacheco, a assessoria da SDR diz que não há previsão.

– Construímos em média uma escola a cada dois anos aqui na região. Há uma escola em construção na Itoupavazinha e foi cogitada a possibilidade da Elza Pacheco ir para lá, mas descobrimos que já há um projeto de lei nomeando a nova escola. Então a próxima escola, depois dessa, deve ser a nova sede da Elza Pacheco, mas ainda não há nada definido – explica a assessora Julia, da SDR.