Os estudantes do Colégio Adventista de Joinville começaram a produzir cobertores de crochê para atender famílias e moradores em situação de rua durante os dias mais frios de inverno. A iniciativa faz parte do projeto “Crochê que Aquece”, que começou as atividades em abril com alunos do ensino fundamental ao médio.

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Além de atender pessoas carentes, a proposta é melhorar a atenção dos alunos no estudo, desenvolver habilidades motoras e aliviar sintomas de ansiedade e depressão. Atualmente, o projeto conta com 50 pessoas engajadas na confecção dos cobertores, entre alunos e familiares.

Durante o curso, os alunos aprendem técnicas básicas e avançadas de manuseio de agulha e linha de crochê. As aulas são realizadas em sala às terças-feiras à tarde. A aluna Helena Duarte, do 9º ano, é quem ensina crochê na oficina, em conjunto com a professora Mariana Primo, idealizadora do projeto.

Helena explica que começou a aprender crochê com a avó e depois foi aprofundando os conhecimentos por meio de videoaulas na internet.

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– Depois disso eu me empolguei. Fui comprando alguns fios e realizei a minha primeira peça, um tapete, porque ele era bem fácil e rápido de aprender. Hoje em dia, o crochê me acalma e me deixa muito feliz, principalmente quando vejo uma peça pronta que eu fiz – comenta.

Segundo a aluna do terceiro ano do ensino médio e líder do projeto, Emanuella Sena Wasilewski, a oficina também ajuda a tratar a saúde emocional, principalmente após o isolamento social da pandemia.

Turma de costureiros
Projeto “Crochê que Aquece” envolve alunos do ensino médio ao fundamental (Foto: Divulgação / Colégio Adventista de Joinville)

– Tem sido uma experiência muito rica pra mim. Tem me ajudado muito a controlar minha ansiedade, e estar em comunidade ajudando e tendo a mesma missão é muito contagiante. Ver que nossa arte nos possibilita servir às pessoas é muito bom – relata.

Passo a passo da produção

Primeiro, os alunos confeccionam pequenos quadrados de crochê de aproximadamente 20 centímetros em cada lado. Depois, as peças são unidas para formação dos cobertores, seguindo a combinação de cores. Os familiares que não podem ir à escola fazem os quadrados em casa.

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As linhas e agulhas usadas foram doadas pelos alunos do curso, pais, funcionários da escola e de entidades envolvidas com o projeto.

Projeto para o próximo semestre

No próximo semestre de 2022, a escola vai começar mais uma oficina, que será destinada à produção de cachecóis apenas com o uso dos dedos. Objetivo é atender alunos com dificuldade de manuseio de linhas e agulhas ou que não têm disponibilidade para estar na escola às terças-feiras à tarde.

– Nossa intenção é entregar esses cachecóis para casas de acolhimento de idosos e outras instituições que atendem pessoas necessitadas – explica a professora Mariana Primo.

Sob supervisão de Hassan Farias