Em reação ao anúncio do corte no orçamento destinado às universidades e institutos federais do país, estudantes e trabalhadores da educação de Santa Catarina irão paralisar as atividades nesta quarta-feira (15). A mobilização, intitulada Greve Nacional da Educação, está prevista para ocorrer em todo o Brasil.

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Na Capital, o protesto está marcado para 15h em frente à Catedral. Em seguida, os manifestantes devem marchar pelas ruas da cidade até o Terminal de Integração do Centro (Ticen), onde o ato está previsto para terminar.

No Oeste, a manifestação está marcada nos municípios de Chapecó e São Miguel do Oeste. No Norte, Joinville e Jaraguá irão aderir ao protesto. No Vale, Blumenau e Lages participam. Estudantes e trabalhadores da educação de Lages, na Serra, também estão se organizando para participar.

UFSC e IFSC afirmam que corte poderá paralisar as atividades

Após o anúncio feito pelo Ministério da Educação (MEC), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) anunciaram que poderão paralisar as atividades ainda este ano por falta de recursos.

O IFSC — com 22 câmpus que atendem 50 mil estudantes no Estado — emitiu uma nota afirmando que o bloqueio impactará em R$ 23,5 milhões nos recursos repassados. O corte na verba poderá resultar na paralisação de atividades de ensino, pesquisa e extensão já no segundo semestre de 2019.

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"Para manter as atividades formativas, o IFSC já vinha priorizando as atividades que impactam diretamente o aluno, de modo que um montante quase 40% inferior inviabiliza a instituição. Com a confirmação do bloqueio, as primeiras consequências serão a não continuidade dos pagamentos de contratos terceirizados de limpeza e segurança, água, luz, insumos para aulas práticas, manutenção para equipamentos laboratoriais, cancelamento de visitas técnicas e assim por diante – prejudicando alunos e a sociedade em geral" afirmou o Instituto em nota.

Já a UFSC, emitiu uma nota em que traz dados levantados pelo secretário de Planejamento da UFSC, Vladimir Arthur Fey afirmando que a universidade deixará de receber R$46 milhões com o corte anunciado pelo MEC. O montante, conforme a nota, seriam destinados a despesas como água e luz, além de investimentos.

“Hoje, se falarmos em 25%, são R$ 46 milhões. Eu não consigo imaginar como vamos adequar o orçamento da universidade a isso”, disse o secretário em nota.

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