Pelo menos cinco câmpus do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) registram, nesta segunda-feira (13), atos contra o bloqueio de recursos anunciado pelo governo federal. Os protestos reúnem estudantes, professores e funcionários, que têm feito um abraço simbólico às unidades.
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O gesto já ocorreu nesta segunda nos câmpus de Florianópolis – Continente, Palhoça Bilíngue, Gaspar, Itajaí e Caçador. A ação foi acordada entre reitores de institutos federais de todo o país depois de participarem de reuniões em Brasília na semana passada.
No câmpus Palhoça Bilíngue do IFSC, que atende alunos surdos e ouvintes, os atos foram realizados durante os intervalos das aulas da manhã e da tarde. Nesta noite, outra manifestação está prevista no local.
— Os alunos e funcionários participaram dos atos vestindo roupas pretas, como forma de demonstrar o nosso descontentamento com esse bloqueio, que impacta negativamente o desenvolvimento das atividades do nosso e de todos os outros câmpus — destaca a diretora-geral do IFSC Palhoça Bilíngue, Carmem Deck.
O corte de 30% no orçamento de custeio das instituições de ensino federais foi comunicado pelo Ministério da Educação (MEC) no final do mês passado. Após o anúncio, o IFSC emitiu nota afirmando que o bloqueio impactará em R$ 23,5 milhões nos recursos repassados.
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O corte na verba poderá resultar na paralisação de atividades de ensino, pesquisa e extensão já no segundo semestre de 2019. O IFSC possui 22 câmpus, que atendem a cerca de 50 mil estudantes no Estado.
Já a UFSC estima que a universidade deixará de receber R$ 46 milhões com o corte anunciado pelo MEC. O montante seria destinado a despesas como água e luz, além de investimentos.
Protestos na quarta-feira
Outra mobilização em reação ao anúncio do corte no orçamento destinado às universidades e institutos federais do país está marcada para esta quarta-feira (15). Estudantes e trabalhadores da educação de Santa Catarina irão paralisar as atividades. A mobilização, intitulada Greve Nacional da Educação, deve acontecer em todo o Brasil.
Na Capital, o protesto está marcado para as 15h, em frente à Catedral. Em seguida, os manifestantes devem marchar pelas ruas da cidade até o Terminal de Integração do Centro (Ticen).
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