Estudantes devem ser ouvidos nesta quinta-feira, na Assembleia Legislativa, sobre Pré-Vestibular gratuito da UFSC

Nesta quinta-feira os estudantes devem voltar à Assembleia Legislativa, no Centro de Florianópolis. Dessa vez, para serem ouvidos. Nesta quarta-feira eles solicitaram falar na tribuna da Assembleia, atendendo normas da casa. O discurso deve acontecer durante uma sessão, às 9h.

Reunidos desde às 11h30min desta quarta-feira em frente à Assembleia, os estudantes tiveram dificuldade para entrar no prédio. Primeiro foram impedidos de entrar. Depois, às 14h, tiveram acesso ao plenarinho, lotando o lugar. De acordo com os estudantes, eles ouviram os deputados até as 16h e depois se retiraram. Na pauta também esteve a reivindicação dos alunos: manutenção do Pré-Vestibular gratuito ofertado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Da Assembleia os estudantes ainda marcharam até a Secretaria Estadual da Educação. Segundo eles, esta ação deve ser repetida nos dias 29 e 30 de maio, caso não sejam atendidos. A expectativa é de que alunos de outras escolas públicas e, também, de outras partes do Estado, participem do movimento.

Pré-Vestibular da UFSC

O projeto começou a funcionar em 2003 e, desde então, cerca de 21,6 mil estudantes carentes passaram pelo curso oferecido gratuitamente. Nesse semestre, as aulas já deveriam ter começado em abril, mas os recursos do governo estadual ainda não foram liberados.

Desde 2008 o projeto contava com o apoio da Secretaria de Estado da Educação e atendeu mais de 5 mil alunos exclusivamente de colégios públicos.

– O governo estadual não quer dar continuidade ao projeto de inclusão social dos cursinhos espalhados por Santa Catarina, que possibilita estudantes sem condições, inclusive econômicas, de ingressar na UFSC. Não podemos garantir nada enquanto não resolvermos essa parceria – lamenta a reitora Roselane, que afirma ter entre suas metas a inclusão de todas as classes sociais.

Uma das prioridades da reitora é dialogar com o governo estadual, que aplicava R$ 3 milhões por ano no projeto. Além do investimento, Roselane observa que a Secretaria de Educação também apoiava com a infraestrutura das escolas para a realização do curso. Em 2011, a ação foi realizada em 29 cidades, com 31 unidades de ensino e mais de 3,1 mil alunos.