Os quatro estudantes presos em uma investigação que apura a formação de uma célula nazista em Santa Catarina tiveram a prisão prorrogada. O inquérito está sob sigilo. 

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A decisão é do dia 18 de novembro e a prisão foi estendida por mais 30 dias. O grupo foi alvo de uma operação da Polícia Civil em outubro, revelada com exclusividade pelo Fantástico. 

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A investigação teve início após a prisão de um dos membros do grupo em abril. Ele é um jovem de 24 anos preso inicialmente por tráfico de drogas em São Miguel do Oeste, no Oeste catarinense. Ele é estudante de Engenharia de Aquicultura na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Com ele foram encontradas bandeiras ligadas ao nazismo e, em seu computador, vídeos que mostram ações do grupo alvo da operação.

Em uma das filmagens, os membros investigados aparecem quebrando uma televisão. No centro da tela está colada uma caricatura usada para depreciar judeus.

Os demais presos são um estudante de 21 anos que faz Engenharia Automotiva na UFSC. Outro, de 20 anos, estuda Letras na universidade. Um quarto, também com 20 anos, está no curso de Direito na instituição federal.

Na ocasião das prisões, a UFSC informou que avaliaria uma punição aos estudantes envolvidos. Na última semana, a universidade aprovou uma moção de enfrentamento ao nazismo e ao racismo. 

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O objetivo é fortalecer iniciativas para fortalecimento das ações de combate às agressões e campanhas de orientação sobre como denunciar atos de violência. 

A reportagem não localizou a defesa dos estudantes presos. 

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