A vida de um homem transexual que iniciou o tratamento hormonal para transformação corporal. Um homossexual que não é aceito pelo pai católico, mas é apoiado pela mãe. Um gay que aborda seus relacionamentos homoafetivos, adoção e barriga solidária.Sob supervisão do professor Ricardo Medeiros e sonoplastia de Márcio Goebels, histórias como essas estão em três documentários de rádio elaborados por estudantes de jornalismo do Centro Universitário Estácio SC, campus de São José.

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O material estará disponível para os internautas a partir da próxima semana, pelo canal do Youtube SintoniadoRadio. Na segunda-feira, 14, às 14h, entrará no ar o documentário Transformação, produzido por Alessandra Farias da Silva, Carlos Eduardo Rosing Muller, Flávia Thamires da Silva Santos e Ezequiel Antônio da Silva. Na quarta-feira, 16, será a vez de Alex Cordeiro – os dois lados da gentileza, de Gabriel dos Santos, Leonardo Fernandes, Luciana Daussen, Camila Karkow e Maria Clara Tesser. Na sexta-feira, 18, Todas as Cores do Arco-íris – Igualdade para todos, de Fernanda Cunha.

A cada semestre, na disciplina Redação e Produção para Áudio, o professor Ricardo Medeiros escolhe um tema para ser explorado pelos alunos em forma de documentário. Desta vez, o assunto escolhido foi homossexualidade, tema que ainda desperta preconceito em parte da população.

— Temos que discutir as feridas de nossa sociedade. E um documentário permite isso — comenta Medeiros.

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O professor lembra que a identidade homossexual não desqualifica o ser humano como pessoa íntegra e ressalta que, no dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de enfermidades.

— Homossexualidade não é doença, não é um distúrbio ou transtorno de comportamento. O homossexual não é nem menos nem mais, ele é igual a todo hétero — afirma.

Medeiros ainda coloca em pauta os dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que revelam que 2016 foi o ano mais violento contra a comunidade LGBT desde 1970. No Brasil, foram 343 mortes entre janeiro e dezembro do ano passado. Das vítimas, 173 eram homens gays (50%), 144 (42%) trans (travestis e transexuais), 10 lésbicas (3%), 4 bissexuais (1%) e 12 heterossexuais que eram amantes de transexuais, parentes ou conhecidos de LGBT.

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