Ao menos 108 acadêmicos dos anos finais dos cursos de medicina que atendem pacientes em cinco hospitais de Florianópolis ainda não receberam a primeira dose da vacina contra covid-19. 

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A Associação dos Estudantes de Medicina de Santa Catarina (Aemesc) reivindica que, a exemplo dos demais profissionais de saúde já imunizados, os alunos que atuam em regime de internato também sejam prioridade na imunização, pois estão diariamente expostos ao risco de contágio.

– O internato compreende atividades práticas, a gente faz um trabalho como médico, só que com supervisão. Atendemos nas emergências dos hospitais, nos cinco hospitais da capital, sempre com um médico supervisor – explicou o presidente do Conselho Consultivo da Aemesc Caíque Ternes, estudante do 6º ano do curso de medicina da UFSC.

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Segundo Caíque, a prefeitura tem afirmado que a vacinação dos estudantes está em execução, mas não é o que eles verificam na prática.

– Quando a gente vai aos postos para receber a vacina, nos dizem que não existem doses suficientes para que nosso grupo seja vacinado. O que nos é passado é que as Secretaria de Estado da Saúde não liberou as doses para que nosso grupo seja vacinado – relatou o estudante.

Contraponto

A secretaria de Estado da saúde, por meio da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive), informou que as doses para os trabalhadores da saúde foram enviadas aos municípios que são responsáveis pela vacinação.

Após a publicação desta notícia, a prefeitura de Florianópolis informou que na próxima segunda-feira (12) passará a vacinar estagiários da área da saúde. Cada instituição de ensino apresentará a lista com os nomes dos estudantes a serem imunizados e informará data e local de vacinação. 

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A vacinação de estudantes de medicina tem causado polêmica nos últimos meses em Santa Catarina. A Dive suspendeu a imunização de acadêmicos do curso em Palhoça no fim do mês passado. Em Brusque, estudantes do 1º ano de medicina do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) também foram vacinados em fevereiro. A instituição justificou a imunização dizendo que os alunos desde o início do curso têm contato com pacientes.

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