Na enfermaria do 23º Batalhão de Infantaria transformada em hospital, Felipe Ramon Gesser Cardoso, aluno do 5ª semestre de Medicina, é o dr. Felipe – um dos 35 estudantes mobilizados para atender em abrigos, hospitais improvisados e centros de distribuição de mantimentos.
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– Dentro dos meus conhecimentos, auxilio médicos já formados no atendimento dos pacientes. Nessas horas, todo esforço é importante – diz Felipe, que realizada procedimentos simples, mas indispensáveis aos enfermos.
Em outro extremo da cidade, a presença de voluntários transformou o salão paroquial da Catedral São Paulo Apóstolo, no centro de Blumenau, em um local de atendimento de “luxo”.
– Graças aos voluntários, contamos com quatro médicos, três enfermeiros, cinco psicólogos e dois psiquiatras. Uma equipe maior que a existente nos postos de saúde – surpreende-se a reumatologista Ana Maria Gallo, 59 anos, uma das médicas lotadas na catedral.
Solidariedade surpreende forasteiros
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Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, a médica Maria do Carmo Mansur Castanheira Scholl, 53 anos, radicada em Blumenau, surpreende-se com a solidariedade flagrada nas ruas.
– Quando eu saí de casa, no domingo de manhã, já encontrei um abrigo aberto e funcionando. É um povo muito organizado – conta a médica Maria do Carmo, que trabalha em um posto de saúde da família.
A conclusão de Marcia do Carmo é percebida nas ruas da cidade emoldurada por morros e serpenteada por um rio. A todo momento, caminhonetes lotadas com mantimentos desembarcam em abrigos e uma legião de voluntários apresenta-se para o trabalho.
– Quando a gente pensa em alguma coisa, eles já foram lá e fizeram. São muito pró-ativos – diz um oficial do Exército nascido em Uruguaiana (RS), fronteira com a Argentina.
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