Os estudantes do curso de engenharia espacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vivem a expectativa de participar da maior competição de foguetes do mundo. Os alunos do Campus de Joinville irão concorrer na Spaceport America Cup (SAC) entre 21 e 25 de junho nos Estados Unidos. Ao todo, 16 países diferentes irão participar.

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Os projetos serão apresentados a um grupo de jurados e participarão de uma prova de prática de voo, na qual o objetivo é o alcance certeiro de um alvo ou apogeu – altitude máxima alcançada. Nos EUA, os jovens pretendem lançar o VLK-1 (Veículo Lançador Kosmos), que irá disputar a categoria de 3 km, que corresponde a protótipos que atingem 10 mil pés – de motor a propulsão sólida.

Os estudantes formam a Kosmos Rocketry, equipe de competição de foguetes do Centro Tecnológico de Joinville (CTJ). O grupo é um dos quatro times brasileiros selecionados para participar da competição. João Pedro Sandrin Golynski, de 22 anos, é o capitão da equipe e espera provar no torneio a eficiência da tecnologia que desenvolveram.

– A expectativa agora é grande, muita ansiedade e felicidade de terminar o projeto a tempo. De estar com tudo pronto, tudo organizado com a logística, para poder descansar e respirar – comenta.

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Foguete
Foguete VLK-1 será lançado na Spaceport America Cup (Foto: João Pedro Sandrin Golynski / Arquivo pessoal)

Trabalho otimizado

Segundo João, a construção do VLK-1 foi dividida em etapas. Primeiro é preciso conhecer o projeto teórico para saber qual é a missão do produto, a partir disso são desenvolvidos outros subsistemas. Eles facilitam a montagem do foguete, pois o trabalho investido em subsistemas de menor escala descarta a construção de um foguete do zero. O estudante afirma que esse método já foi utilizado para a produção de outros projetos.

– Por conta disso, o projeto não foi tão maçante, nem difícil. Claro que tem outras variáveis por ser um foguete maior, mas como fica na mesma estratégia. A gente conseguiu obter grandes resultados em um tempo bem menor – explica.

Últimos ajustes antes da competição

João alega que todo cuidado é pouco com a estrutura do VLK-1, pois alguma peça pode bater ou quebrar durante a viagem para os EUA. Além disso, é necessário fazer todos os testes eletrônicos possíveis para verificar a eficiência do foguete.

– Precisamos ver se está tudo funcionando, se está tudo soldado, se todos os fios estão conectados, se os dados que estão sendo emitidos e recebidos são corretos e coerentes – afirma.

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*Sob supervisão de Lucas Paraizo

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