Cerca de 200 estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) realizaram um protesto na manhã desta sexta-feira em Chapecó. Eles se concentraram na Praça Coronel Bertaso e partiram em caminhada pela Avenida Getúlio Vargas até a reitoria, na esquina com a Rua Benjamin Constant. Lá entregaram a pauta de reivindicações. Um dos motivos do ato é o questionamento sobre a criação de um curso de Medicina em Passo Fundo (RS), em detrimento de Chapecó.
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O presidente do Diretório Central dos Estudantes, Diogo Hartmann, argumentou que a proposta não foi discutida com a comunidade, não passou pelo Conselho Universitário e houve a criação de um curso numa cidade que nem campus da UFFS tem, em detrimento dos outros já existentes, como Chapecó.
No gabinete da reitoria a informação é que o reitor Jaime Giollo teria esperado as propostas ontem à noite pois hoje estaria viajando. Na semana passada, quando anunciaou a criação do curso em Passo Fundo, o reitor afirmou que havia encaminhado proposta para o Ministério da Educação no dia 17 de maio, com propostas para Chapecó e Passo Fundo. Ele informou que a decisão do Ministério da Educação foi por critérios técnicos.
A reitoria divulgou nesta sexta uma nota de esclarecimento no site da instituição. Um dos tópicos tem a seguinte redação:
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“De acordo com o Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, a abertura de novas vagas seguiu critérios específicos, como a disponibilidade de uma rede hospitalar que possa acompanhar a formação do médico, além do índice de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), que deve ser de cinco para cada profissional em formação. De acordo com o próprio plano, apresentado no dia 05/06, foram contempladas cidades-pólo de cada região, que atenderam, obrigatoriamente, às demandas estruturais necessárias“.
A nota aponta ainda que podem ser criadas mais vagas além das 40 anunciadas para Passo Fundo, mas que para solicitar as vagas os municípios devem se preparar com a estrutura adequada.