Os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiram nesta sexta-feira (4) manter a paralisação que começou no dia 10 de setembro. Os alunos protestam contra os bloqueios de verbas ao ensino superior, promovido pelo governo federal e também contra o programa Future-se, proposto pelo Ministério da Educação (MEC).

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A manifestação está sendo coordenada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). Nesta sexta-feira, eles realizaram uma assembleia, em um dos ginásios da universidade. Na reunião, definiram que devem voltar a deliberar sobre os rumos do protesto apenas no dia 17 de outubro. Caso não haja mudanças até lá, a greve passará de um mês de duração.

Por causa do protesto dos alunos, a direção da UFSC já anunciou que poderá fazer ajustes no calendário acadêmico. Um grupo de técnicos foi formado para planejar como as aulas poderão ser repostas. Segundo a reitoria, a ideia é não penalizar alunos que participam do movimento grevista, mas ainda não está definido como isso ocorrerá.

O DCE informou que não tem um balanço de quantos cursos já aderiram à paralisação. A última contagem oficial apontava que estudantes de pelo menos 50 cursos estavam em greve.

Greve nacional de 48 horas

Entre quarta e quinta-feira, dias 2 e 3, professores e técnicos administrativos da universidade também fizeram paralisações, atendendo a uma convocação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) para greve nacional de 48 horas em defesa da educação.

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De acordo com o presidente da Sindicato das Universidades Federais de SC (Apufsc), Bebeto Marques, a adesão dos professores chegou a aproximadamente 90% durante a quarta. Nesta quinta, servidores e estudantes realizaram ato no Centro de Florianópolis.

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