Cerca de 2,5 mil estudantes da Furb se reuniram nesta quinta-feira em uma assembleia para tratar sobre o Programa de Financiamento Estudantil (Fies). No encontro, que foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) em frente à Biblioteca Central do Campus 1, os universitários decidiram que farão um protesto na próxima segunda-feira.

Continua depois da publicidade

O objetivo da mobilização é chamar a atenção da comunidade sobre o problema vivido pelos estudantes que não conseguem renovar os financiamentos. Os alunos pretendem sair da Furb e caminhar pela Rua Antônio da Veiga até a Praça do Estudante. Depois retornarão até a universidade, revela o presidente do DCE, John Maicon Albanis.

Os estudantes das instituições que tiveram reajuste de mensalidade superior ao teto de 6,41% estabelecido pelo governo federal estão tendo problemas ao efetuar a inscrição. Essa dificuldade motivou uma ação civil pública do DCE da Furb contra a União solicitando uma liminar para que os acadêmicos já matriculados não percam o direito ao Fies.

– A comunidade acadêmica concordou com o que estávamos propondo e a aceitação foi quase unanimidade – afirmou o presidente do DCE, John Maicon Albanis.

Segundo Albanis, a Furb se comprometeu a não cobrar juros nem inscrever os alunos no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Na quarta-feira a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE) emitiu nota oficial sobre o tema, dizendo que não obteve sucesso nas negociações com o Ministério da Educação e que vai à Justiça tentar liberar o FIES.

Continua depois da publicidade

A estudante de Arquitetura e Urbanismo e bolsista do Fies, Débora Rosa, 20 anos, foi à assembleia e afirmou que teme sobre os impactos negativos que o atraso do financiamento pode causar na comunidade acadêmica:

– Não irá ser prejudicado só que depende do Fies. Outras áreas, como a pesquisa e monitorias poderão ter problemas – diz a estudante.