A batalha judicial de um grupo de estudantes americanos-asiáticos contra a prestigiada Universidade de Harvard, acusada em 2014 de racismo, se intensificou nesta sexta-feira (15) com a revelação de novos documentos.
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O caso, que expõe o melhor desempenho acadêmico dos estudantes de origem asiática nos Estados Unidos em relação a seus pares e sua luta para acessar as melhores universidades, se decidirá possivelmente em julgamento no segundo semestre deste ano.
Um grupo integrado por estudantes de origem asiática “altamente qualificados” cujo acesso ao primeiro ano foi rejeitado pela universidade processou Harvard em 2014 por privilegiar em suas admissões negros, latinos e brancos em relação a asiáticos “melhor qualificados”.
O grupo, “Estudantes por Admissões Justas” (SFFA), acusa a universidade de Boston de limitar estritamente a quantidade de asiáticos que admite anualmente e de praticar “um equilíbrio racial” em violação a leis atuais.
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Harvard rejeita as acusações, mas o SFFA acrescentou nesta sexta-feira que seu processo na corte federal de Massachusetts faz referência a um estudo interno de 2013 que concluiu que a universidade admitia asiáticos a um ritmo menor do que estudantes brancos, embora eles só recebessem notas melhores em um critério, um teste de personalidade subjetivo que avalia a amabilidade ou uma “personalidade positiva”.
A Harvard assegurou na sexta-feira que os dados de Blum são incorretos e que a universidade “não discrimina solicitantes de nenhum grupo, incluindo asiáticos-americanos, cuja taxa de admissão cresceu 29% na última década”.
* AFP