No último domingo (20) aconteceu o segundo dia de provas do Enem 2022. Cerca de 80 mil estudantes de Santa Catarina realizaram o exame. Entre eles está Vitor Vieira Frederico, 19 anos, que é uma pessoa com deficiência física, e deseja tentar vaga na universidade. Tranquilo antes da prova, ele contou como gostaria de ser inspiração e tornar-se um profissional da área de tecnologia.

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Por volta das 12h, uma hora antes dos portões fecharem no Instituto Estadual de Educação de Santa Catarina (IEE), Vitor esperava pacientemente do lado de fora da sala de aula em que realizaria seu primeiro Enem. Ele terminou o Ensino Médio durante a Pandemia, e, por isso, ainda não tinha feito a prova.

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Para ele, estar concorrendo a uma vaga no ensino superior é uma conquista maior que ele.

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— É uma oportunidade que você tem na vida de conseguir fazer uma faculdade e logo depois galgar outros objetivos que você tem na vida. Isso não é só para mim, mas é como se fosse uma inspiração para os demais, para as outras pessoas e até para quem tem deficiência assim como eu, também vir daqui a um tempo fazer e seguir o meu exemplo — comenta.

O estudante faz parte dos quase 36 mil inscritos que pediram algum tipo de atendimento especializado em todo Brasil, segundo o Inep. Nesse caso, as pessoas podem solicitar uma sala adaptada, auxílio para leitura, intérprete, materiais específicos e outras opções que vão de acordo com cada necessidade.

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Vitor conta que quando se inscreveu para a prova assinalou as opções de solicitar sala e mesa adaptada. Ele acredita que a organização do exame “atende a todos os requisitos que uma pessoa com deficiência precisa”.

Sobre o curso que deseja para a universidade, o estudante revela que é um sonho antigo. Ele também reafirma o quanto estar no Enem, buscando um sonho, é uma resposta a todos preconceitos que a sociedade tem com pessoas com deficiência.

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— O curso que eu quero fazer é Tecnologia da Informação, é um objetivo que eu tenho desde o ensino fundamental. É uma coisa que eu gosto de fazer e, querendo ou não, é um diferencial na área. Você nunca vê uma pessoa com deficiência galgando coisas grandes — afirma.

Confiante, Vitor enfrentou o segundo dia de prova do Enem, que teve Matemática e Ciências da Natureza. Antes de entrar na sala de aula ele reforçou como um recado: “Pessoas com deficiência são capazes de fazer e conseguir seus objetivos. Nada te impede”.

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