Estudante de Biologia da UFSC, Taís Bernal Balconi divide sua rotina com o esporte desde 2011, ano em que ela conheceu pela TV a modalidade que a levou para a Olimpíada do Rio. Taís é jogadora de rugby.

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O Brasil é uma potência nesse esporte na América do Sul. A Rio 2016 é uma grande oportunidade para mostrar o rugby brasileiro. Por isso, a preparação vem desde alguns anos.

“A seleção brasileira feminina foi centralizada em São Paulo em 2013. Nossa preparação vem desde lá com a construção de uma estrutura para podermos nos preparar e focar nos Jogos. A seleção que vai para Olimpíada treina junto todos os dias. A medida que os anos foram passando a preparação foi se intensificando. A gente participou de algumas etapas do circuito mundial como equipe convidada. Isso nos ajudou muito, porque atuamos contra seleções que vamos enfrentar agora na Olimpíada. Acho que estamos bem focadas e a preparação foi muito bem feita.”

Tatá, como é apelidada Taís Bernal, joga no Desterro Rugby Clube, time de Florianópolis. A atleta nasceu na Capital de SC. Ela não recebe salários na equipe, mas consegue viver da atuação na seleção brasileira.

“O esporte de clubes no Brasil é amador ainda. Então, ninguém dos clubes sobrevive só do rugby. Algumas equipes de rugby masculino conseguem pagar seus atletas, mas são raros esses times. No rugby feminino nenhuma paga. Nós conseguimos viver, porque estamos na seleção.”

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Aos 25 anos, a jogadora sabe que a participação olímpica é grande chance do rugby brasileiro ser divulgado aqui e no mundo.

“Eu quero fazer um bom campeonato. A gente, obviamente, não entra numa Olimpíada para fazer ‘meia boca’. O mais importante é mostrar para o Brasil que temos um rugby de qualidade, mostrar que somos um esporte com potencial para se investir. O rugby é um esporte que tem qualidades e valores muito importantes. Temos qualidades de esporte social. O Brasil tem que ver o rugby com um olhar mais carinhoso sem aquele olhar de que é apenas um esporte de contato. O outro objetivo é de se classificar para o circuito mundial do ano que vem como equipe fixa. Para isso precisamos ganhar alguns jogos. Esse é um objetivo mais pretensioso, porque o de mostrar ao mundo que temos um rugby de qualidade é mais fácil.”

A seleção brasileira estreia no dia 6 de agosto às 12h diante da Grã-Bretanha. Na mesma data, às 17h30, a seleção enfrenta o Canadá. Dia 7 o duelo é contra o Japão às 12h. As duas melhores seleções de cada um dos três grupos mais as duas melhores terceiras colocadas avançam para a fase seguinte.