Estudante africano se diz vítima de preconceito em Blumenau

Um estudante da República do Benin, que está em Blumenau há um ano, afirmou ter sido agredido verbal e fisicamente por cinco pessoas na manhã de segunda-feira enquanto caminhava pela rua Tomé de Souza. A vítima tem 22 anos e disse em depoimento na 1ª Delegacia de Polícia (DP), no bairro Jardim Blumenau, que os agressores o chamaram de macaco e o empurraram na tentativa de jogá-lo ao chão.

De acordo com o depoimento do estudante, ele foi abordado às 11h30min por quatro homens e uma mulher, que teria lhe perguntado se queria banana. Em seguida, lhe questionaram de que país tinha vindo e declararam que teria de retornar imediatamente. O jovem disse que tentou abandonar o local. Foi quando um dos homens o empurrou. Sobre os agressores, não soube repassar muitos detalhes, apenas que eles têm várias tatuagens pelo corpo e a mulher apresenta o cabelo raspado nas laterais.

O delegado Raphael Ikawa Lanzeloti, da 1ª DP, disse que o caso vai ser encaminhado para a Central de Polícia nesta quarta-feira, já que a identidade dos agressores ainda é desconhecida. Afirmou também que irá pedir as imagens das câmeras de segurança da região. O caso foi registrado como racismo.

O estudante veio da África e está na cidade cursando o terceiro semestre de Engenharia de Telecomunicações na Furb pelo programa de intercâmbio. Segundo o professor David Bilsland, da coordenadoria de Relações Internacionais da universidade, a vítima está assustada com a situação e por isso não quer se expor.