O estudante Fábio Raposo se apresentou na noite de sexta-feira à polícia admitindo ter manuseado o rojão que feriu um cinegrafista da TV Bandeirantes em uma manifestação na quinta-feira, no Rio de Janeiro.

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Cinegrafista é atingido por bomba durante protesto no Rio

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O delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão) do Rio, informou à GloboNews que Raposo negou ter participado da detonação do artefato:

– Esse elemento, ao ver a sua imagem [nos meios de comunicação], revolveu se apresentar para dizer que não teve participação nesse crime contra o cinegrafista. Na verdade, ele achou o artefato no chão e entregou para esse segundo [manifestante], que teria acendido, ou seja, se eximiu da responsabilidade na deflagração do artefato, mas admitiu que era portador desse explosivo”, disse o delegado.

Raposo deve ser indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão, já que a polícia considera que a versão do estudante não se sustenta:

– Embora ele tenha negado participação, as imagens revelam ambos agindo em conjunto – completou o delegado da 17ª DP.

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A polícia agora tenta identificar o “segundo homem”, que deve ser indiciado pelos mesmos crimes.

O cinegrafista Santiago Andrade está internado em estado grave no Hospital Souza Aguiar, onde chegou com afundamento de crânio e passou por uma cirurgia durante a madrugada. Os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) receberão todas as imagens coletadas pela polícia, inclusive as feitas por emissoras de televisão, para tentar elaborar um desenho em que conste o local exato onde estava o cinegrafista e a possível trajetória que o artefato fez antes de atingi-lo.

Centenas de pessoas participaram na quinta-feira de mais uma manifestação contra o reajuste nas tarifas de ônibus no Rio de Janeiro, que passarão de R$ 2,75 para R$ 3. Os manifestantes entraram no prédio da Central do Brasil no início da noite, e houve confronto com a polícia no terminal de trens e nos arredores.