O resgate de gambás, que foram atacados por uma cadela da raça Pastor Alemão, na manhã desta quarta-feira, colocou em evidência um problema em Joinville: a falta de estrutura das instituições do município para atender a animais, em especial, silvestres.
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Douglas Vieira conta que encontrou uma gambá e três filhotes, que ainda estavam na bolsa do marsupial, caídos no pátio da empresa de esquadrias onde trabalha, no bairro Iririú.
Sem saber a quem recorrer, ligou para os bombeiros e para a Polícia Ambiental, mas ninguém podia atender aos animais. Foi então que Douglas resolveu pedir ajuda ao Zoobotânico.
O veterinário da Fundema responsável por cuidar dos animais do Zoobotânico, Luiz Felipe Jensen, diz que por determinação do Ibama, o Zoobotânico não poderia receber animais, mas como este foi um caso de emergência, abriu exceção. A mãe gambá estava morta e foi enterrada no local.
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Os três filhotes foram atendidos, mas apenas um sobreviveu. Segundo o veterinário, este não é um caso isolado, já que a procura por atendimento para animais silvestres é grande na região. E como a Polícia Ambiental não possui uma estrutura clínica, o parque acaba recebendo animais.
– É o caso, por exemplo, de tartarugas d’água. As pessoas compram para mantê-las em aquários, pequeninhas, mas elas crescem e as pessoas abandonam no parque – , relata Luiz Felipe.
– No verão, chegamos a receber, em média, um animal por dia, trazido por pessoas que não sabem o que fazer com os animais. Muitos estão machucados, vítimas de atropelamento.
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