Feita a confirmação de Itajaí como uma das sedes da Volvo Ocean Race, começa a busca por patrocínio e a corrida contra o tempo para viabilizar a infraestrutura. Os royalties do evento, de valor ainda não definido, serão pagos pelo Governo do Estado – que também se comprometeu a lutar pelo adiantamento das obras do Aeroporto de Navegantes, que têm conclusão prevista para 2018.

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– Não podemos aceitar esse cronograma. Precisamos levantar uma grande bandeira de infraestrutura, e esperamos que em 2015, para a Volvo, já tenhamos um novo aeroporto funcionando – disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen.

Superintendente da Infraero em Navegantes, Marco Aurélio Zenni, não acredita que isso seja possível porque ainda é preciso desapropriar boa parte dos imóveis que estão na área do novo aeroporto.

Em Itajaí, a ideia é que a primeira etapa da marina do Saco da Fazenda, com 800 vagas para embarcações, seja inaugurada junto com a chegada da Volvo. Para reforçar a vocação náutica da cidade, os construtores propõem chamá-la de Porto Esportivo.

De cidade portuária a capital da vela

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Transformar uma sisuda cidade portuária em polo esportivo tem seus desafios, e o mais evidente é fazer com que os veleiros passem a fazer parte da rotina de Itajaí. A tarefa ficará a cargo da Fundação Municipal de Esportes, que pretende incentivar a prática de esportes náuticos como vela e remo para crianças e adultos, em parceria com a Associação Náutica de Itajaí (ANI).

O velejador Vilfredo Schürmann, que constrói em Itajaí o barco que usará em sua próxima expedição pelo mundo e fez questão de participar do anúncio da Itajaí Stopover, nesta terça-feira, garante que a afirmação da vocação náutica na cidade é uma questão de tempo:

– Há anos eu já havia falado que Itajaí seria um grande centro náutico brasileiro. Basta começar com os meninos pequenos, algo que já vem sendo feito pela cidade, que o esporte vai crescendo.

A nova aventura de Shürmann partirá de Itajaí na mesma época em que a cidade receberá outra regata internacional, a Jacques Vabre, em novembro. A previsão de volta do velejador é 2015 e poderá – quem sabe – coincidir com a Volvo Ocean Race.

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