A estréia de Marley & Eu nesta quinta-feira, nos cinemas, é o típico lançamento da época de Natal. Tudo é pensado fazer rir, a partir do relacionamento entre um casal e um cão labrador. Trata-se da adaptação do best-seller de John Grogan, em que ele conta sua própria história ao lado do “pior cão do mundo”.

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No livro, Grogan compartilha o crescimento de Marley, o cachorro, e as cenas cômicas que o animal proporcionava – destruía a casa, corria na rua atropelando pedestres, urinava em lugar errado e ainda tinha de dormir junto com os donos.

A adaptação para os cinemas mantém o espírito cômico de quase todo o livro, trazendo Owen Wilson como John e Jennifer Aniston como Jenny. Recém-casados, eles se mudam para o calor da Flórida e a missão seguinte à compra da casa é adquirir um mascote.

Dentre os vários filhotinhos de labradores, eles acabam comprando o que estava em liquidação: um animal mais parado, isolado num canto. Ledo engano. Marley – nome dado porque John estava ouvindo uma música de Bob Marley quando o levava para casa – é um furacão.

No elenco, Alan Arkin está hilário como o editor do jornal onde John trabalha. Igualmente interessante o papel de Kathleen Turner, uma adestradora de animais que desiste de dar um jeito em Marley, num papel meio machona, ao estilo que fez na série Friends, onde interpretava o pai transformista de Chandler (Matthew Perry).

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Quem assumiu a direção desta adaptação foi David Frankel, diretor de O Diabo Veste Prada, mostrando grande versatilidade ao sair de um filme cheio de luxo e ironia para um longa simples, família, que valoriza não o trabalho, mas estar com os filhos e, claro, com o cachorro.

Uma curiosidade sobre a produção de Marley & Eu. Foram necessários 22 labradores para interpretar Marley. Metade deste número era só de filhote, outra metade de adultos atrapalhados. Este foi o trabalho ideal para os adestradores de animais especializados em cinema.

Mark Forbes, famoso adestrador de filmes como Dr. Dolittle e As Crônicas de Nárnia, disse, no lançamento do filme, que foi um dos trabalhos mais fáceis de sua vida. Bastava deseducar os labradores mais tímidos e soltar os brutamontes em cena, algumas delas improvisadas e que deram certo porque todo o elenco é apaixonado pelos bichinhos.