Mais ação, mais adrenalina, mais equipamentos bacanas, mais implausível. Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011) é uma montanha-russa de estímulos que transforma a sala de cinema em um parque de diversões.
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O clímax do quarto filme da série é a sequência que mostra Tom Cruise escalando o edifício mais alto do mundo – e sem dublê.
O longa estreia nesta quarta-feira no Brasil com 614 cópias, legendadas e dubladas. Orçado em cerca de US$ 140 milhões, Protocolo Fantasma teve as principais cenas de ação filmadas em Imax, em que o negativo é duas vezes mais largo que o usual de 35mm. O resultado foi conferido por Zero Hora na semana passada na pré-estreia no Rio, com a presença dos astros Tom Cruise e Paula Patton e do diretor Brad Bird, quando o filme foi exibido em salas com equipamentos próprios para esse sistema: o público sente-se totalmente envolvido pelas imagens, em uma imersão mais efetiva do que a do 3D.
Mesmo que não haja ainda no Estado cinemas desse gênero, os espectadores locais não perderão em emoção: a correria frenética na tela é de tirar o fôlego em qualquer dimensão. A história começa com o agente Ethan Hunt (Cruise) sendo resgatado de uma prisão russa por colegas da Impossible Mission Force. Ao lado dos companheiros Benji (Simon Pegg) e Jane (Paula Patton), o superespião recebe mais uma missão impossível: surrupiar arquivos ultrassecretos de dentro do Kremlin. Uma explosão no coração de Moscou, porém, torna Ethan suspeito de terrorismo e pode desencadear uma guerra nuclear entre Rússia e EUA. A IMF cai na clandestinidade, e Ethan tem que limpar seu nome e de sua agência contando apenas com a ajuda de Benji, Jane e o analista Brandt (Jeremy Renner) – mais do que um mero burocrata. No encalço do verdadeiro vilão, o cientista maluco Kurt Hendricks (Michael Nyqvist, protagonista da série sueca de filmes policiais Millennium), o mocinho vai parar em Dubai, do lado de fora do edifício mais alto do mundo – o Burj Khalifa, de 828 metros e 160 andares.
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– Foi sem dúvida a coisa mais perigosa de se fazer, por razões óbvias. Nós passamos meses nos preparando para isso. Mas mesmo assim foi muito arriscado para mim e para todos os envolvidos – revelou Tom Cruise para ZH no tapete vermelho, no Rio, acrescentando que construiu uma parede em casa para subir e descer com velocidade e treinar para as vertiginosas cenas no prédio.
Vencedor de dois Oscar, pelas animações Os Incríveis (2004) e Ratatouille (2007), o diretor Brad Bird estreia agora à frente de um filme com atores de verdade. Faz sentido: um filme como Protocolo Fantasma é tão inverossímil e hiperbólico quanto um desenho de ação. Bird cumpriu muito bem sua missão, acrescentando humor às cenas de tensão e suspense. Uma das sequências mais divertidas é aquela em que o engraçadinho mago da tecnologia Benji tem que manter o agente Brandt levitando de barriga para baixo – lembrando uma famosa imagem de Ethan no primeiro Missão: Impossível (1996). Mas o grande desafio de Protocolo Fantasma foi mesmo rodar as cenas de ação – segundo declarou a ZH o produtor Bryan Burk, sócio de Cruise e de J. J. Abrams na franquia:
– O maior problema foi garantir que minha estrela e parceiro produtor Tom Cruise não morresse. Ele sobreviveu, e estamos aqui comemorando.
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Leia as entrevistas completas com Paula Patton e Brad Bird na edição impressa do Segundo Caderno desta quarta-feira
Roger Lerina viajou ao Rio de Janeiro a convite da Paramount
Missão: Impossível – Protocolo Fantasma
De Brad Bird. Com Tom Cruise, Paula Patton, Jeremy Renner e Simon Pegg.
Ação, EUA, 2011. Duração: 132 minutos. Classificação: 14 anos.
Em cartaz a partir de hoje (confira salas, endereços e horários na Agenda Guia da Semana).
Cotação: 3 de 5