Candidato estreante em eleições, o empresário Udo Döhler (PMDB) alcançou 85.817 votos e ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições de Joinville. Com isso, depois de uma tentativa frustrada com Mauro Mariani (PMDB) em 2008, a estratégia do senador Luiz Henrique da Silveira de colocar um nome novo no pleito deu certo.
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E mostrando a importância do senador LHS nas eleições, Udo agradeceu aos eleitores pelos votos recebidos em frente à casa do senador, no Boa Vista.
– Não irei ofender ninguém. Quero discutir propostas, quero falar do que é melhor para Joinville. Precisamos ter uma cidade igual e igualitária e vamos lutar por isso. O eleitor irá nos recompensar -, comentou.
Se Udo tenta mostrar que seu plano de governo é o melhor para a cidade, cabem ao senador Luiz Henrique da Silveira os contatos para obter apoios dos outros partidos.
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O primeiro alvo de LHS é o PT. E aqui ficam de lado eventuais mágoas que poderiam ter surgido com as propagandas que mostraram uma mulher falando que havia sofrido maus-tratos na empresa Döhler, na década de 90.
– Segundo turno é outra eleição. Não farei parte dessas negociações, não tenho o traquejo pra isso. O partido irá cuidar. Mas não temos restrições -, diz Udo.
Mesmo sem nenhuma reunião agendada para esta segunda, o senador cancelou a viagem de cinco dias que faria para o México para participar de um congresso empresarial.
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Assim, esta segunda ou terça, LHS irá entrar em contato com a senadora Ideli Salvatti. A expectativa é atrair o voto de esquerda, tendo pelo menos um depoimento gravado da presidente Dilma – algo que o prefeito e candidato derrotado à reeleição Carlito Merss (PT) não conseguiu.
Outro objetivo é aproximar o PSDB do PMDB. LHS já começou a falar com o senador Paulo Bauer e espera o apoio de pelo menos parte da militância tucana. Mesmo assim, LHS já começou a reaproximação com o PPS – que apoiou Tebaldi – indo tomar café com os dois parlamentares eleitos pela sigla. Também é esperado pelos peemedebistas que o governador Raimundo Colombo (PSD) mantenha distância do segundo turno.
A coordenação da campanha também traça alternativas para conseguir apoio do eleitorado jovem e de baixa renda, que seria a faixa em que Udo tem o menor percentual. A ideia é comparar as propostas de Kennedy com Udo e mostrar que, mesmo mais ousadas, as do peemedebista são realizáveis.
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– Agora, poderemos fazer uma comparação mais efetiva. Com isso, o eleitorado irá perceber que nossas propostas são melhores -, diz Udo.