Os investidores estrangeiros foram responsáveis pela terça parte (33,67%) do volume recorde no valor de R$ 154,250 bilhões negociados em outubro passado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), informou nesta sexta-feira a entidade.
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A participação dos estrangeiros no volume financeiro negociado na maior bolsa da América Latina subiu de 32,70% em setembro para 33,67% em outubro, segundo o balanço mensal divulgado hoje pela direção da bolsa.
A segunda posição entre os investidores na Bolsa de Valores de São Paulo é ocupada pelas pessoas físicas, cuja participação no volume negociado caiu de 31,01% em setembro para 30,53% em outubro.
Igualmente perderam espaço os investidores institucionais, com uma participação de 24,80% em outubro contra 25,90% em setembro; e as empresas, com uma participação de 1,95% no mês passado contra o 2,12% de setembro.
A participação das instituições financeiras no volume negociado subiu de 8,20% para 8,99% no período comparado.
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O aumento da participação dos estrangeiros nos negócios em outubro elevou o saldo acumulado do capital estrangeiro na Bovespa nos primeiros dez meses do ano para R$ 32,887 bilhões. Cerca de um terço do saldo corresponde às aquisições que os estrangeiros fizeram nas ofertas públicas de ações (OPA) realizadas no pregão de São Paulo este ano (R$ 13.735 bilhões).
Os estrangeiros adquiriram 57,6%, em valores, das novas ações lançadas na Bovespa este ano. Quanto às ações já negociadas, apenas no mês de outubro os investidores estrangeiros fizeram compras no valor de R$ 51,134 bilhões e vendas de R$ 52,279 bilhões.
O forte apetite dos estrangeiros permitiu que a Bolsa de São Paulo registrasse em outubro um movimento de R$ 154,250 bilhões em um total de 9.161.252 negócios, “marcas alcançadas pela primeira vez”, segundo o boletim.
O volume negociado diariamente e o número de negócios por dia também foram recordes: R$ 7,340 bilhões e 436.250 negócios, respectivamente.
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Para o alto volume negociado em outubro contribuiu principalmente o lançamento de ações feito pela subsidiária brasileira do banco Santander em São Paulo e Nova York, que foi a maior operação do tipo este ano no mundo.
Também contribuiu o crescimento do interesse dos investidores estrangeiros no país como consequência da atual força da economia brasileira no meio da crise vivida pelas outras nações.
O elevado interesse dos estrangeiros pela bolsa paulista também contribuiu, segundo o Banco Central, para que o saldo positivo entre a entrada e a saída de dólares no Brasil em outubro passado alcançasse seu maior nível nos últimos 28 meses: US$ 14,598 bilhões. O saldo não era tão elevado desde junho de 2007, quando as entradas de divisas superaram as saídas em US$ 16,561 bilhões, de acordo com os dados do órgão emissor.
O resultado de outubro contrastou com o saldo negativo de US$ 4,639 bilhões de outubro do ano passado, quando a crise econômica global provocou uma fuga de divisas.
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