Após morar em vários países, a empresária Danielle dos Santos sentiu na pele as dificuldades de tentar se adaptar a uma nova cultura. De volta ao Brasil, abriu, há dois anos, uma empresa em Joinville que oferece desde o serviço de imigração a programas para integrar os estrangeiros em sua passagem pela região.
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Embora recente e em fase de consolidação, o serviço demonstra que os empreendedores estão despertando para esta nova demanda. A equipe da iCultural é formada somente por mulheres e todas já foram expatriadas acompanhando a carreira dos maridos lá fora.
A empresa oferece atividades como curso de português, orientação profissional para as esposas, com metas traçadas para o período no Brasil, e passeios em grupo.
Para os estrangeiros, a educação dos filhos é um dos fatores mais importantes. Tanto que a presença de escola internacional faz parte da lista dos serviços desejáveis para concretização de investimentos de multinacionais. Nesta área, Joinville tem duas iniciativas.
O Bom Jesus/Ielusc oferece ensino em inglês e em alemão. Lá, vão estudar, por exemplo, os filhos dos funcionários da BMW. A UniSociesc é certificada para o ensino em dois idiomas: português e inglês.
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O projeto da UniSociesc para introduzir o ensino bilíngue é o mais antigo – começou em 2009 – e a cada ano o estabelecimento amplia a oferta de turmas. Segundo a orientadora educacional Jeisa Rech Casagrande, a metodologia de ensino e o currículo têm a consultoria de um educador canadense.
Atualmente, 226 alunos estudam na escola, sendo 11 estrangeiros, dentre os quais mexicanos, suíços, coreanos, alemães e portugueses, que vieram sozinhos participar de intercâmbio ou com a família. Há também filhos de brasileiros que passaram muitos anos no exterior.
Alguns pais estrangeiros se queixam que os professores não são nativos de países de língua inglesa e que o calendário escolar não segue o do hemisfério Norte. Jeisa explica que o foco da escola não é apenas atender aos estrangeiros, mas também oferecer aos estudantes brasileiros a experiência internacional.
Todos os anos, a escola organiza intercâmbio, que já foi realizado para o Canadá, Inglaterra e Estados Unidos. No ensino internacional, o foco está nas competências para a matemática, língua, compreensão de mundo e ciência. Os professores, todos brasileiros, fazem pós-graduação em ensino bilíngue.
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