O presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, está feliz. Ele encerra 2014 com quatro de seus filiados inseridos em um cenário quase inimaginável: Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville disputando a Série A.
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Em entrevista ao Diário Catarinense, o presidente promete lugar lutar junto à CBF para manter o status adquirido por Santa Catarina também fora de campo. Confira a entrevista.
Diário Catarinense – Presidente, o que o senhor tem a dizer a quem garantia que a CBF nunca deixaria SC colocar quatro times na Série A?
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Delfim – Toda vez que insinuavam algo deste gênero, eu me limitava a rir. Podem até não desejar que Santa Catarina alcance esta representatividade. Até acredito que para muitos não seja o cenário que imaginaram. Mas desejar é uma coisa, conseguir, agir para tal é outra muito diferente. Estou há muito tempo no futebol, sei que têm picaretas, que têm mafiosos espalhados por aí, mas tem também muita gente séria, aliás a maioria que está fazendo futebol. O que a turma do Santa Cruz e do Icasa fez em campo é algo que demonstrou que a honra entre os jogadores é maior do que qualquer outro interesse.
DC – Em determinado momento do campeonato o senhor foi à CBF defender os interesses de SC, havia muitos erros de arbitragem.
Delfim – Sim, não sou e nunca serei omisso. É função de um presidente agir, e eu percebi que era um momento importante para se fazer presente, para visitar os departamentos da entidade, para conversar com o presidente Marin. Estou sempre muito atento aos bastidores, e minha luta é pelos clubes catarinenses. Jamais vou permitir que forças de outros estados tentem diminuir o que estamos construindo dentro de campo, com organização, suor e muita competência.
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DC – 2015 será uma ano especial para Santa Catarina. O que o senhor está pensando para fortalecer ainda mais nossos representantes?
Delfim – Vou reunir os quatro clubes. Vou conversar com os presidentes do Avaí, da Chapecoense, do Figueirense e do Joinville e repassar a eles alguns conselhos que me considero em condições de dar depois de 40 anos no futebol. Para Avaí e Joinville, quero transmitir uma mensagem de que não vão com sede ao pote. O segredo é seguir os passos de Figueirense e Chapecoense este ano, primeiro estruturar-se e fortalecer-se, depois fazer voos mais altos. O Criciúma, que era o time mais forte do ponto de vista econômico, não conseguiu, e isso serve de alerta. E vou levar os quatro presidentes à CBF, vamos fazer uma visita antes do fim do ano para marcar presença e antecipar uma série de cuidados administrativos, gerenciais e de organograma.