A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira, que o Brasil tem um estoque de investimentos em infraestrutura que está sendo maturado agora, o que ajudará o país a passar pelo atual momento de dificuldades econômicas, que também é resultado do fim do superciclo das commodities.
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– O Brasil não está parado, fez um enorme esforço em infraestrutura nos últimos anos – disse Dilma ao inaugurar um terminal de grãos no Porto de Itaqui, no Maranhão.
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Ela apontou que não se viabiliza investimento em infraestrutura somente com taxas de juros de mercado e que o porto, que contou com investimentos de R$ 640 milhões de um consórcio privado, teve R$ 245 milhões em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste (BNB).
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Segundo Dilma, o Brasil de hoje é diferente.
– Nos sentimos muito mais em condições de enfrentar dificuldades transitórias da economia, justamente pela quantidade de investimentos em infraestrutura nos últimos anos – comentou.
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Lembrando o fim do superciclo das commodities, ela apontou que agora a economia brasileira precisará mudar de patamar.
– Agora a infraestrutura vai ser chamada a ter um desempenho para garantir a competitividade. Não temos mais o boom de preço e quantidade que a industrialização da China colocou para o mundo. Vamos ter de contar com nossos recursos para atingir um novo patamar e expandir cada vez mais – explicou.
Dilma lembrou que o Porto de Itaqui também contará com investimento do Programa de Investimento em Logística (PIL) e que o terminal é muito importante para escoar a grande produção de grãos do interior do País, em especial a área acima do chamado paralelo 16, que engloba os Estados do Mato Grosso, Tocantins, Piauí, oeste da Bahia, Maranhão e sul do Pará.
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– Temos de atender as condições de comercialização desses grãos. Hoje, 60% da soja e do milho no Brasil são plantados acima do paralelo 16 – afirmou.
Porto
Dilma inaugurou a primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui. Segundo informações do Blog do Planalto, a unidade conta com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos. Com quatro armazéns, tem capacidade de armazenagem de 500 mil toneladas de grãos e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas ao ano. Outras 5 milhões de toneladas serão acrescidas na segunda fase, quando o terminal terá mais um berço para atracação, com previsão de operar em 2017.
Quando estiver totalmente concluído, o Tegram estima receber um fluxo anual de 220 navios, 900 trens (80% do volume) e 150 mil caminhões (20% do volume), com capacidade de embarque de 10 milhões de toneladas. No PIL, o governo vai licitar o uso de dois berços do porto, com previsão de R$ 509 milhões em investimentos, que darão ao local a capacidade de movimentar 2 milhões de toneladas/ano de celulose e 4,3 milhões de toneladas/ano em graneis minerais.
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*Estadão Conteúdo