Marina Sena, Valesca Popozuda e Blogueirinha. Essas são algumas das celebridades brasileiras que vestiram roupas criadas por uma estilista de Joinville. Isadora Dourado é criadora da marca Dorgas e que usa a técnica do upcycling, que utiliza tecidos de roupas usadas e as transforma completamente, dando uma cara nova para cada peça.

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O ineditismo de cada roupa, a costura criativa e a ideia ecológica presente nas peças chamou atenção das “divas”. A técnica usada pela marca, o upcicle pode ser empregada em diversas áreas da indústria, porque consiste em aumentar o tempo de uso dos materiais, explica a estilista.

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— Então na área da moda a gente vai utilizar roupas ou resíduos têxteis que seriam descartados, que estão parados sem uso. No meu caso eu trabalho mais com roupas que encontro em brechó, faço a higienização, descosturo essas peças e corto uma nova modelagem em cima, dando vida a uma nova roupa — conta Isadora sobre o processo de “reinvenção” de cada modelito.

Sem medo de receber “nãos”, Isadora alcançou a notoriedade de algumas artistas. A joinvilense diz que começou a entrar em contato com os estilistas que vestem algumas delas e conquistou a oportunidade de vesti-las. Em outros casos, ela foi procurada. Por enquanto teve Marina Sena, Valesca, Blogueirinha, Foquinha e Luiza Góes, mas Isadora promete que no próximo mês essa lista deve aumentar. 

E a conquista deste sonho significou muito para a estilista catarinense, criada em um bairro da periferia de Joinville, o Itinga. 

— É sempre uma emoção. Eu sou do Itinga, costuro tudo aqui e, de repente, ver pessoas que admiro ou que muita gente acompanha usando uma roupa que eu tive a ideia, dediquei horas para confeccionar e ver que tem dezenas de pessoas comentando que o look está incrível, dá uma emoção — diz orgulhosa.

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Início da marca

A joinvilense começou a investir na ideia durante a pandemia. Ela havia se formado na faculdade de moda e se viu isolada em casa. Aproveitando o conhecimento que adquiriu sobre a técnica de reutilização durante a graduação, começou a produzir algumas peças. Isadora não tinha a pretensão de criar a própria marca, mas resolveu investir na ideia a partir do que ia criando em casa.

— Eu já tinha um brechó e durante a faculdade eu tive contato com a técnica do upcycle através do projeto que eu era bolsista (Ecomoda). No último ano da faculdade eu me aprofundei um pouco mais, aproveitando o suporte dos professores, mas até então não era uma ideia criar a marca, era mais para ter o conhecimento e poder aplicá-lo depois de alguma forma no mercado de trabalho. Mas quando veio a pandemia e a gente não podia mais sair de casa eu resolvi testar algumas costuras, modelagens e deu certo — diz.

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