A falta de chuva nos últimos três meses aliado à vegetação seca por causa da geada de julho acabou favorecendo o aumento de ocorrência de incêndio em vegetação. Nos últimos dois meses foram mais de 80 ocorrências somente nos 28 municípios de abrangência dos 6º Batalhão de Bombeiros Militares de Chapecó, quatro vezes mais do que as 18 ocorrências do ano passado.
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Na região do batalhão de Xanxerê foram mais de 300 incêndios no ano, a maioria nos últimos dois meses.
— As ocorrências dispararam pois a vegetação está muito seca. Os focos de incêndio têm se alastrado no meio rural e em lotes urbanos. Em cerca de 90% das ocorrências é causa humana. O pessoal usa o fogo para fazer a limpeza e ele foge do controle com algum vento forte — disse o tenente Ricardo Dummel, dos bombeiros de Chapecó.
Também foram registradas queimadas nas margens das rodovias, o que representa risco de acidente para os motoristas, pois a fumaça dificulta a visibilidade.
De acordo com o tenente Dummel a orientação é para que as pessoas não façam queimadas, pois é crime, além dos riscos que oferece. Ele citou que recentemente os bombeiros evitaram que casas fossem atingidas por fogo em vegetação que saiu do controle.
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O cabo Luciano Bergonzi, da Polícia Ambiental de Chapecó, disse que quem prática queimadas pode ser enquadrado em dois crimes. Um de dano, pelo código penal, que pode resultar em prisão. Outro de crime ambiental, se for em floresta ou mata, com multa que varia de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.
A população também pode filmar e denunciar quem praticar estes crimes.