Os dois principais rios de Chapecó, Tigre e Lageado São José, terão aumento na captação da água que abastece o município para reduzir os efeitos da estiagem. A região é umas das mais afetadas pela seca prolongada em Santa Catarina.

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> Estiagem em Santa Catarina se iguala a pior da história

A instalação de bombas vai permitir que o Rio Tigre, que hoje capta 230 litros por segundo, chegue a 300 l/s. Até o final de 2021, a previsão é de 400 litros por segundo. A barragem do Lageado São José também vai receber mais investimentos nos próximos dias. Algumas bombas já foram instaladas no local, e esta semana foi possível perceber os efeitos da atuação das máquinas, abrindo um grande lago de reservação. 

Até outubro, o Lageado São José era o principal ponto de captação da cidade, mas foi muito atingido pela estiagem e se encontra em estado crítico. Os técnicos afirmam que o déficit de água na cidade, que já foi de 20%, hoje é de aproximadamente 6%, por conta das obras que já começaram a ser feitas.

O engenheiro Daniel Scharf, Superintendente Regional do Oeste, destaca que ainda há a necessidade de manter o rodízio entre bairros:

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– A pouca chuva que estava anunciada para domingo, segunda e terça não veio novamente, fazendo com que tenhamos ações de segurança – afirma.

Lageado São José, Chapecó
Lageado São José, Chapecó (Foto: Fernanda Moro / NSC)

As ações emergenciais fazem partem de um Plano de Ação da Casan para reduzir os efeitos da estiagem em Chapecó, com investimento de R$ 21,2 milhões. Além das obras no Rio Tigre e Lageado São José, a empresa está reativando um poço no Bairro São Pedro e vai perfurar mais três nos bairros Boa Vista, Esplanada e na EFAPI, áreas da cidade que receberão três reservatórios.

Estiagem prolongada em SC

O período de seca iniciou em meados do ano passado e já se iguala a estiagem mais severa da história, registrada em 1957, segundo a Epagri. Nas regiões do Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste, o déficit hídrico no ano alcança 711mm, 801,9mm e 895,9mm, respectivamente. A situação se agrava por conta do fenômeno climático La Niña que deve continuar em Santa Catarina até o verão de 2021.

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