Por conta da estiagem que afeta parte de Santa Catarina, 9 cidades estão com rios em situação de emergência, informou o mais recente boletim hidrológico da Epagri/Ciram, divulgado na manhã desta quarta-feira (29). Outras 5 cidades têm rios em condição de alerta. Conforme Guilherme Miranda, pesquisador de hidrologia do órgão, as regiões Oeste e do Alto Vale do Itajaí são as mais afetadas.
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O boletim da Epagri/Ciram aponta que a situação é considerada de emergência nas estações hidrológicas das cidades de Coronel Freitas, São Carlos, Joaçaba, Tangará e Concórdia, no Oeste, Chapadão do Lageado, no Alto Vale do Itajaí, Forquilhinha, no Sul catarinense, além de São João Batista, na Grande Florianópolis, e Camboriú, no Vale do Itajaí.
A condição afeta as bacias dos rios Forquilhinha, Chapadão do Lageado, São João Batista, Porto FAE Novo, Barra do Chapecó, Joaçaba I, Tangará, Foz do Rio Claudino, Montante – Barragem Concórdia e Camboriú – Rio Canoas, segundo a Epagri/Ciram. Já a condição de alerta afeta as cidades de Alfredo Wagner, Rio do Sul, Taió, Canoinhas e Rio Negrinho.
A situação extrema levou as prefeituras das cidades de Chapecó e Seara, ambas no Oeste, a decretarem situação de emergência nos municípios. Em Chapecó, a Casan informou que fará um rodízio no abastecimento de água.
A cidade de Chapadão do Lageado, no Alto Vale, também decretou situação de emergência pelo mesmo motivo na última semana. No município, a falta de chuva atrapalha principalmente os agricultores, pois muitos produtores rurais vivem das plantações de fumo, que acabam sendo comprometidas pela estiagem — tanto no acumulado da safra, quanto na qualidade do produto.
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Chuva prevista é insuficiente para reverter quadro
De acordo com a meteorologista da Epagri/Ciram Gilsânia Cruz, as chuvas previstas para esta quarta-feira e os próximos dias em Santa Catarina não são suficientes para reverter a condição de estiagem nos rios afetados.
Isso porque, segundo ela, a chuva deve cair de forma mal distribuída e em geral em menor número, embora seja possível que algumas cidades registrem temporais.
— A gente precisa de uma chuva consistente, de moderada a forte, para reverter condições de estiagem. Por ora, não há previsão para isso — comentou Gislânia.