Três estelionatários foram condenados pela Justiça de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, a penas que somam mais de 143 anos de prisão. Eles foram acusados de associação criminosa, estelionato e extorsão e teriam causado prejuízos milionários às vítimas do golpe, pessoas que tentavam vender automóveis pela internet.

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Os réus foram investigados pela Polícia Civil e teriam feito vítimas em diversos municípios catarinenses. Os crimes tinham como ponto em comum o modus operandi e os autores — os réus.

Como funcionava o golpe

Conforme as investigações, tudo começava quando a vítima anunciava a venda de um veículo pela plataforma de vendas do Facebook. Um dos réus então fazia contato e mostrava interesse na compra do bem, fazendo a negociação toda pela internet, no entanto, afirmava que o veículo seria buscado por um “parente”, no caso, outro estelionatário, e que o Certificado de Registro de Veículo (CRV) seria em nome de um terceiro, outro réu.

Em alguns casos, a vítima entregava o veículo, pois os réus mostravam um comprovante de transferência ou depósito falso. No aplicativo do banco da vítima, o saldo aparecia como “Bloqueado – análise bancária”, mas em seguida a instituição informava que o dinheiro não havia sido depositado.

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O banco solicitado às vítimas para transferência era sempre o mesmo. A Polícia Civil acredita que os criminosos teriam encontrado uma maneira de burlar o sistema da instituição. Ao longo da negociação, a vítima tentava contato com quem teria feito pagamento para buscar o valor da quitação, porém não conseguia o pagamento, e ainda era extorquida a pagar outro valor para reaver o veículo.

Prejuízo milionário

Pessoas de vários municípios foram afetadas. Os criminosos usavam telefones diferentes, perfis falsos na internet, dados de terceiros (muitos inocentes). Ao todo, a polícia estima que os prejuízos totalizem cerca de R$ 1,5 milhão. Vários veículos foram recuperados.

A sentença condenou um dos réus, de 23 anos, a 35 anos de prisão em regime fechado. O segundo, de 41 anos, deve cumprir 59 anos de prisão. Já o terceiro integrante do esquema deve ficar 39 anos em regime fechado. Eles também devem pagar multas.

Um dos condenados já estava em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, porém teve o benefício revogado e foi preso em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (1°).

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