No final das contas, a estatística que interessa é a do placar, que ao final dos 90 minutos mostrou 1 a 0 para o Figueirense. O time somou três pontos primordiais, mas as outras estatísticas mostram que o Figueira precisa evoluir para seguir vencendo e para conquistar o objetivo final da competição.

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O Avaí teve mais posse de bola, com 59% contra 41%, e chutou mais: 25 finalizações, com 10 no alvo. O Figueira chutou apenas seis e acertou uma, a do gol. Foi uma escolha estratégica, acentuada pelo gol no início do jogo. Mas o time não fez muito mais do que lutar durante o jogo da Ressacada, o que demonstra uma virtude – só que apenas uma.

O Furacão tem talento individual para fazer bem mais. E quem brilhou no jogo foi o do goleiro Denis, o que também mostra que o Figueirense sofreu bastante, mas como dizem por aí “soube sofrer”. Foi válido e tem méritos, mas num longo prazo e com a disputa acirrada da Série B, é preciso fazer mais daqui em diante.

Velhos defeitos

No lado do Avaí, os mesmos defeitos de sempre levaram à derrota. O Leão produz muito e é pouco efetivo. Chutar 25 vezes, acertar 10 no alvo e não fazer nenhum gol é preocupante. E tem sido assim desde o início da competição. Lembro do jogo contra o São Bento, também na Ressacada. Foram 28 finalizações, um bombardeio e a vitória não veio.

Aquele jogo terminou empatado e o goleiro adversário, Rodrigo Viana, saiu consagrado como Denis no último sábado. O Avaí erra demais no ataque, com escolhas equivocadas de passe e de finalizações. É um time que na hora de passar, chuta. Que na hora de chutar, passa. E quando chuta na hora certa, chuta fraco. E quando passa na hora certa, passa errado. É um problema e Geninho sabe disso. Um pouco menos de ansiedade, um pouco mais de tranquilidade, talvez ajude.

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